*E a semana termina triste, sofrida, pesada.
*Nas rodas de conversa, nas redes sociais, muita perplexidade diante da morte da jovem Bruna Borges, ocorrida na última quarta-feira…
*E, ontem, dos suicídios também dos pais dela, encontrados mortos na garagem de casa, mesmo local em que a estudante tirou a própria vida.
*Diante da dor dos que já se foram e da família e dos amigos que ficam, nos restam a solidariedade, a compaixão…
*Mas também o alerta sobre este problema, que é tratado pela OMS como um caso de saúde pública do Brasil e do mundo;
*E que, exatamente por isso, precisa ser trazido à luz das discussões, com o cuidado e o respeito que tudo que envolve o sofrimento humano merece.
*Em setembro de 2014, a OMS lançou um dos mais importantes estudos sobre a prevenção do suicídio, que revelou números estarrecedores.
*Estima-se que 804 mil pessoas tenham se suicidado no mundo em 2012;
*São 2.200 casos consumados por dia, um a cada 40 segundos.
*O Brasil aparece abaixo da média mundial;
*Porém, o relatório da OMS aponta que, entre 2002 e 2012, a taxa de crescimento de suicídio em todo o país (33,6%) é superior a do crescimento da população no mesmo período (11,1%);
* E ultrapassa o aumento de homicídios (2,1%) e dos mortos em acidentes de trânsito (24,5%).
*Há algo que possa ser feito?
*Estudiosos garantem que sim!
*E o primeiro passo será sempre o debate responsável e a informação utilizada de forma estratégica, assim como é feito na prevenção de outros tantos tipos de males e doenças.
*Como já disse Millôr Fernandes:
* “Morrer é uma coisa que se deve deixar sempre para depois”.
*É isso.
*Vale conferir reportagem da repórter Bruna Mello, na página 5.
*Leitor atento liga para comentar a entrevista do deputado federal Raimundo Angelim, em visita na última quinta-feira a este matutino.
* “Sempre coerente o nosso ex-prefeito”.
*Um fã ó…
*E ele tem razão.
*Político de conduta pública ilibada, Angelim fez um relato franco do esquema que impera no Congresso Nacional:
* “O jogo é duro. No nível de chamar o deputado e perguntar o que ele precisa. Muitas negociatas”.
*E analisou o comportamento da população diante dos desmandos na política brasileira:
* “Todos tão apáticos que não conseguem mais reagir”.
*Exatamente assim.
*É só ver o resultado da última pesquisa Ibope em relação à popularidade do atual presidente:
*Apenas 5% dos entrevistados aprovam o Governo Temer.
*70% consideram ruim ou péssimo.
*Ainda assim, tu tá vendo alguém protestando nas ruas, leitor?
*Não?! Nem eu.
*Depois, é só jogar a culpa na “crise”.