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Gazetinhas 29/07/2017

*E a semana termina triste, sofrida, pesada.

*Nas rodas de conversa, nas redes sociais, muita perplexidade diante da morte da jovem Bruna Borges, ocorrida na última quarta-feira…

*E, ontem, dos suicídios também dos pais dela, encontrados mortos na garagem de casa, mesmo local em que a estudante tirou a própria vida.

*Diante da dor dos que já se foram e da família e dos amigos que ficam, nos restam a solidariedade, a compaixão…

*Mas também o alerta sobre este problema, que é tratado pela OMS como um caso de saúde pública do Brasil e do mundo;

*E que, exatamente por isso, precisa ser trazido à luz das discussões, com o cuidado e o respeito que tudo que envolve o sofrimento humano merece.

*Em setembro de 2014, a OMS lançou um dos mais importantes estudos sobre a prevenção do suicídio, que revelou números estarrecedores.

*Estima-se que 804 mil pessoas tenham se suicidado no mundo em 2012;

*São 2.200 casos consumados por dia, um a cada 40 segundos.

*O Brasil aparece abaixo da média mundial;

*Porém, o relatório da OMS aponta que, entre 2002 e 2012, a taxa de crescimento de suicídio em todo o país (33,6%) é superior a do crescimento da população no mesmo período (11,1%);

* E ultrapassa o aumento de homicídios (2,1%) e dos mortos em acidentes de trânsito (24,5%).

*Há algo que possa ser feito?

*Estudiosos garantem que sim!

*E o primeiro passo será sempre o debate responsável e a informação utilizada de forma estratégica, assim como é feito na prevenção de outros tantos tipos de males e doenças.

*Como já disse Millôr Fernandes:

* “Morrer é uma coisa que se deve deixar sempre para depois”.

*É isso.

*Vale conferir reportagem da repórter Bruna Mello, na página 5.

*Leitor atento liga para comentar a entrevista do deputado federal Raimundo Angelim, em visita na última quinta-feira a este matutino.

* “Sempre coerente o nosso ex-prefeito”.

*Um fã ó…

*E ele tem razão.

*Político de conduta pública ilibada, Angelim fez um relato franco do esquema que impera no Congresso Nacional:

* “O jogo é duro. No nível de chamar o deputado e perguntar o que ele precisa. Muitas negociatas”.

*E analisou o comportamento da população diante dos desmandos na política brasileira:

* “Todos tão apáticos que não conseguem mais reagir”.

*Exatamente assim.

*É só ver o resultado da última pesquisa Ibope em relação à popularidade do atual presidente:

*Apenas 5% dos entrevistados aprovam o Governo Temer.

*70% consideram ruim ou péssimo.

*Ainda assim, tu tá vendo alguém protestando nas ruas, leitor?

*Não?! Nem eu.

*Depois, é só jogar a culpa na “crise”.

 

 

A Gazeta do Acre: