Por conta do aumento do combustível com alteração das alíquotas do PIS e COFINS, definido pelo governo federal, os caminhoneiros realizam nesta terça-feira, dia 1°, um protesto nacional. Os motoristas estão usando as redes sociais e principalmente grupos de Whatsapp para a divulgação da pauta de reivindicações, que pede a redução dos impostos dos combustíveis.
Também é usado o rádio PX, e milhares de caminhoneiros se dizem prontos para pararem seus caminhões. Não há uma liderança centralizada para as paralisações, e não se vê movimentação de sindicatos. Trata-se de uma greve puramente de transportadores.
Faixas, cartazes e panfletos estão sendo preparados para essa manifestação. Segundo os caminhoneiros, somente vão rodar nas rodovias ônibus com passageiros, ambulâncias, viaturas de polícia e caminhões com carga viva, medicamentos e equipamentos hospitalares.
No Acre, o presidente do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens, Júlio Faria, explicou que, no primeiro momento, não haverá interdição no Estado.
“Apesar disso, a categoria já avisou que vai aderir ao movimento. Vamos seguir o comando dado pela Federação. Caso seja necessário, os pontos de fechamento serão as rotas de entrada e saída de Rio Branco para Cruzeiro do Sul. Nosso objetivo não é complicar a vida das pessoas interditando o Centro, por exemplo”, falou o presidente.
Júlio afirmou que, caso a paralisação se estenda por três dias ou mais, os acreanos já ficarão sem alguns produtos e o desabastecimento será inevitável. “Não temos a intenção de complicar a vida dos acreanos. Muito pelo contrário, queremos o apoio da sociedade já que todos serão afetados com as medidas estipuladas pelo governo federal”, destacou o sindicalista.
Após o aumento anunciado pelo presidente Michel Temer, seguido do pronunciamento de que ‘os brasileiros iriam entender’, os caminhoneiros, descontentes com a medida, começaram a unir forças para uma nova greve. “A situação está insustentável com a alta nos impostos”, comentou um profissional. Por conta dessa indignação, a greve deve ter adesão maciça.
Segundo a Confederação Nacional do Transporte (CNT), o aumento de impostos no diesel deixará todos os produtos consumidos pela população mais caros. A CNT estima que a alta terá impacto de 2,5% no transporte de cargas no país.
Outras reivindicações – Os caminhoneiros querem mais segurança nas estradas e se posicionam contrários ao corte da verba destinada à Polícia Rodoviária Federal.
Eles exigem também a aprovação da PL528/2015 que estabelece o preço mínimo do transporte de carga/frete. Além da aposentadoria diferenciada para caminhoneiros.