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Campanha Coração Azul alerta para o enfrentamento ao tráfico de pessoas

Órgãos de governo e de fiscalização e entidades da sociedade civil organizada se reuniram na manhã desta segunda-feira, 24, na Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), para participar do lançamento da Campanha Coração Azul – “Para que o sonho não vire armadilha”, que visa enfrentar o tráfico de pessoas.

Durante o lançamento a equipe da Humanização da Secretaria de Estado de Gestão Administrativa (SGA) fez uma dramatização em que atores encenaram depoimentos baseados em fatos ocorridos com pessoas que sofreram com o tráfico humano. A equipe também fez uma apresentação musical.

O procurador do Ministério Público do Trabalho (MPT) Anderson Luiz Correa da Silva destacou que este é um crime que as estatísticas não dimensionam com exatidão sua incidência. Ele observa que muitas pessoas sequer têm conhecimento que são vítimas do tráfico.

“Uma pessoa que é roubada sabe que foi vítima. Mas, quem sofre as consequências do tráfico de pessoas às vezes não tem essa noção porque antes de ser submetido a isso, vivia em condições tão degradantes e chega a achar que a sua condição atual é boa”, ressalta Silva.

Lucinei Perez Cardoso, coordenador do Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas da Sejudh, informou que a secretaria tem atuado em casos esporádicos e assegura que toda a apuração deste tipo de denúncia é feita sob sigilo para garantir a segurança de quem denuncia e da vítima.

O secretário de Justiça de Direitos Humanos alertou a população para que denuncie casos de tráfico de pessoas por meio do Disque 100 ou 180. Nilson Mourão destacou que a campanha é recomendada pela Organização das Nações Unidas (ONU) e é um meio de se solidarizar com as vítimas e conscientizar a sociedade no combate a esse tipo de prática criminosa.

“É um fato real, difícil de ser combatido porque conta, em alguns casos, com apoio dos próprios familiares das vítimas e desperta e acaba despertando muitos sonhos, mas que ao final se deparam em trabalhos similares aescravidão ou em situação de exploração sexual ou ainda, são vítimas de retirada de órgãos”, frisou Nilson Mourão.

De 24 a 30 de julho diversas atividades serão realizadas como parte da ação da Semana de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas. Nilson Mourão adiantou que o tema será amplamente debatido em órgãos públicos para que a sociedade saiba como identificar e denunciar situações desse tipo.

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