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Com crise, empresas fecham postos de trabalho, mas Fecomércio/AC acredita em recuperação

Federação comenta estudo do IBGE de julho deste ano

Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) no final de junho, em 2015, pelo menos 5,1 milhões de empresas e organizações ativas brasileiras possuíam 5,6 milhões de unidades locais, ocupando 53,5 milhões de pessoas. O estudo aponta, porém, que, entre 2014 e 2015, houve uma queda de 3,1% de registrado na série iniciada em 2007, totalizando menos 1,7 milhão de pessoas empregadas. Para o assessor da presidência para assuntos econômicos da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Acre (Fecomércio/AC), Alex Barros, os dados apontam em uma tímida recuperação na economia do País.

O estudo do IBGE avaliou, também, o número de sócios e proprietários, que já havia caído em 2014, e divulgou que manteve-se praticamente estável, com recuo de 0,1%, ou seja, menos 7,7 mil pessoas. Já o total de salários e outras remunerações diminuiu 4,8%, de modo que o salário mensal caiu 3,2% em termos reais.

Barros reiterou que o desemprego ainda é a causa da angústia de milhares de famílias brasileiras, mas o quadro tem-se mantido estável devido à retratação existente nos principais setores da economia: comércio, serviço e indústria.

“No ano de 2016, o varejo brasileiro desceu ao fundo do poço, foi um dos piores anos para o setor, redundando assim no fechamento de várias lojas”, disse Barros, complementando que outro setor afetado foi o de bens duráveis, com a maior retratação. “A queda nas vendas e o fechamento das empresas geram uma desconfiança no empresário. Segundo IBRE FGV [Instituto Brasileiro de Economia], o índice de confiança dos empresários nunca havia estado tão baixo. Já agora, em 2017, o indicador voltou a alcançar resultados favoráveis”, afirmou.

Para o assessor, com a reforma macroeconômica implementada pelo governo, responsável por reduzir as taxas de juros e trazer o índice de inflação para abaixo da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a economia deve recomeçar a se recuperar. “O cenário é otimista. Apesar da instabilidade política enfrentada hoje no País, tivemos um resultado positivo nas exportações. Nossa torcida é para que essa penumbra que paira sobre o Brasil se dissipe e possamos, enfim, contemplar dias melhores”, finalizou.

 

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