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Lula chama Moro de czar, reafirma inocência e diz que “golpe” não afetará sua campanha em 2018

 O ex-presidente Lula voltou a comentar sobre a sentença proferida pelo juiz Sérgio Moro em seu desfavor. Ao fazer críticas às equipes da Operação Lava Jato, Lula afirmou que não vai permitir que difamem sua história.

“Não vou, depois de 70 e poucos anos de vida, permitir que meia dúzia de jovens mal-intencionados venham tentar jogar a minha imagem na lama”, disse Lula ao afirmar ainda que o juiz Sérgio Moro age como um czar, termo usado por soberanos durante o Império Russo .

“O juiz Moro não pode continuar se comportando como um czar. Ele faz o que quer, quando quer, sem respeitar o direito democrático, sem respeitar a Constituição. E não deixa a defesa falar”, disse.

Lula salientou também que foi condenado em função do processo do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), sua sucessora no Planalto. “Eles deram um golpe [para a saída de Dilma]. Se eu voltar, o golpe não fecha. “É por isso que eu vou brigar para disputar a Presidência em 2018”.

O ex-presidente defendeu ainda a convocação de eleições diretas. “Temos condição de consertar o Brasil”, disse ao pedir a saída de Temer. “Não dá nem para esperar 2018. A única solução para o Brasil seria convocar eleição direta. Esse país não pode ficar meses esperando uma eleição. A única coisa que pode acontecer aqui é antecipar eleições. Vamos transferir a responsabilidade para o povo outra vez. Não tem milagre”.

Recorreu da sentença

A defesa do ex-presidente Lula já apresentou um recurso contra a sentença do juiz Sérgio Moro. Os advogados questionaram dez pontos da decisão. Eles consideraram que houve cerceamento de defesa, contradições, omissões e obscuridades, e que a pena foi desproporcional.

Logo no início da solicitação, a defesa critica a “ausência de imparcialidade” do juiz ao julgar o caso, argumentando que a sentença proferida não considerou elementos que, para os

A Gazeta do Acre: