Pode até parecer notícia velha, mas não é. O valor dos combustíveis vai aumentar, de novo. A Petrobras anunciou o reajuste nesta quarta-feira, 26, e se deu ao mesmo tempo em que o governo aumentou as alíquotas de PIS/Cofins para os combustíveis, elevando também os preços da gasolina e do álcool nos postos desde a última sexta-feira, 21.
De acordo com a Petrobras, o novo valor do diesel em 3,5% e os da gasolina em 0,6% nas refinarias, já começa a valer a partir de quinta-feira, 27. O reajuste faz parte da nova política de preços da petroleira, com alterações mais frequentes nas cotações dos produtos. Só em julho, a empresa já fez 17 reajustes.
A medida foi lamentada pelos motoristas em Rio Branco. “Economizei bastante com as últimas reduções na gasolina. Abasteço toda semana, devido o meu trabalho. Agora com o preço mais alto, o jeito é economizar nas viagens até as coisas melhorarem”, comentou o vendedor autônomo José Carlos Almeida.
Já o professor Claúdio Augusto Ferreira destacou que o novo valor obrigará a família a tomar algumas medidas. “Já ocorreram vários reajustes dos combustíveis, mas, para o trabalhador, o salário não aumenta assim. Além disso, como um efeito cascata, vários outros produtos e serviços também devem aumentar. E, infelizmente, o trabalhador é penalizado”.
A respeito do decreto publicado na semana passada pelo Governo Federal que aumentou os tributos sobre os combustíveis, o juiz substituto Renato Borelli, da 20ª Vara Federal do Distrito Federal, suspendeu a decisão.
Na decisão liminar (temporária), o juiz alegou que, conforme a Constituição Federal, esse tipo de aumento só pode se dar por meio de um projeto de lei. A Advocacia-Geral da União (AGU) informou que irá recorrer da decisão. A suspensão vale para todo o país e passa a vigorar quando o Governo for notificado.
A elevação da alíquota do PIS/Cofins que incide sobre os combustíveis, de acordo com o Governo Federal, tem o objetivo de arrecadar 10,4 bilhões de reais e evitar uma revisão na meta fixada pelo Orçamento.