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Pagamento eletrônico cresce e uso de cheques diminui no Acre

 De acordo com dados divulgados pelo Banco Central, na última segunda-feira, 10, os consumidores têm utilizado cada vez mais o pagamento eletrônico. Em 2016, foram realizadas 5,9 bilhões de operações com cartões de crédito e 6,8 bilhões com cartões de débito, contabilizando R$ 674 bilhões e R$ 430 bilhões em pagamentos respectivamente.

Se comparado ao ano anterior, os números representam um aumento de 3% em transações de crédito e 10% nas de débito. Já o número de operações cresceu 6% e 5% respectivamente.

No Acre não tem sido diferente do restante do país. Segundo o assessor da presidência da Federação do Comércio do Acre (Fecomercio) em assuntos econômicos, Alex Barros, os acreanos também utilizam mais o pagamento eletrônico. Porém, o hábito de saque em dinheiro vivo ainda é grande.

“Aqui nós temos um hábito muito forte de sacar dinheiro na boca do caixa, principalmente o servidor público. Quando o governo do Estado transferiu o pagamento para um único dia do mês nós observamos a intensa movimentação nos bancos. O dinheiro vai embora rápido”.

Barros enfatiza que a segurança, comodidade e planejamento financeiro proporcionado pelo uso do cartão são os principais motivos na hora de optar pelo pagamento eletrônico.

Para o assessor o hábito de sacar dinheiro é uma prática, muitas vezes, perigosa. Além de não permitir o planejamento de gastos. “O ladrão ele sabe o dia do pagamento e fica mais atento nesse dia. E o segundo lugar é a perca de dinheiro. Aí entramos num problema de educação financeira, isso é comprovado. Se eu tenho no bolso R$ 100 e não gasto, quando eu troco a nota eu não sei como gastei o dinheiro”, explicou.

Outro dado divulgado pelo BC é sobre o uso de cheque que continua em trajetória de queda. Ano passado foram realizadas 879 milhões de transações no valor total de R$ 2,259 trilhões, o que significa uma redução de 14% e 12%, respectivamente, em relação a 2015.

No Acre, apesar da redução, o hábito de utilizar o cheque como forma de pagamento ainda é forte, segundo Barros. Ele recorda que o estado é o terceiro da região Norte em número de cheques sem fundos, o que mostra o alto índice de uso do cheque.

“A instabilidade política do Brasil afeta de alguma forma a economia. Se nós paramos de vender, ficamos reféns desse tipo de pagamento, como nota promissória e cheque. A tendência é que nós aprimoremos a utilização do dinheiro de plástico, que é o cartão de crédito e débito”.

O vice-presidente do Sindicato dos Bancários do Acre (Seeb/Ac), Edvaldo Almeida, conhecido como “Neném”, também confirma a preferência pelo pagamento eletrônico. “Aqui culturalmente o processo é mais moroso, os clientes vão mais ao banco, mas esse crescimento também ocorre no Acre, não com todo o vapor como no resto do país. O uso do cheque também vem caindo bastante”.

Transações bancárias via internet

Ainda segundo o Banco Central, o número de transações bancárias por meio de equipamentos móveis, como telefones celulares, continua crescendo. O principal canal de acesso continua sendo a internet, que representou 33% do total de transações realizados em 2016.

Já as transações feitas em agências e postos de atendimento apresentam redução. Em 2016, foram 8,1 bilhões de operações, uma redução de 8% em relação a 2015. A participação desse canal de acesso passou de 16% para 13% no ano passado.

 

 

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