Pelo menos três pessoas foram mortas em Rio Branco entre a tarde e a noite de quinta-feira, 20. O primeiro caso foi da autônoma Gisalda Pereira da Costa, 33 anos. Ela foi morta no final da tarde de quinta, na Quarta Ponte de Rio Branco. Ela caminhava na ponte quando foi baleada por dois homens, à queima-roupa. Não teve tempo nem de fugir, nem de reagir.
Gisalda tinha ficha criminal por roubo. Mas a polícia acredita que um motivo pessoal é que teria motivado o crime, uma vez que a dupla abordou a vítima em local público, sem se dar ao trabalho sequer de mascarar seus rostos.
A Polícia Civil, através da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), colheu pistas, fez incursões no local do crime e ouviu testemunhas até chegar, nesta sexta, a dois suspeitos (cujas identidades ainda não foram reveladas) pelo crime. Como estava fora do período de flagrante, a dupla foi ouvido e depois liberada, por falta de provas que sustentam sua prisão.
A PC ainda deve pegar as imagens de monitoramento do Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp) para identificar se os dois seriam mesmo os autores dos disparos.
Segundo caso – Ainda em Rio Branco, um corpo foi encontrado na Travessa do Sol, bairro Taquari, na noite de quinta. No bolso das calças da vítima, a polícia achou os documentos de Katicione Mendes de Jesus, 18 anos. A polícia também achou no bolso da vítima um alvará de soltura, o que indica que o rapaz havia saído recentemente do sistema prisional. O corpo foi resgatado e encaminhado à sede do Instituto Médico Legal (IML).
Até o fechamento esta edição, a Polícia Militar estava tentando obter informações com os moradores da região (que não foram nada prestativos, devido à chamada ‘lei do silêncio’) e colhiam pistas que pudesse levá-los até o(s) autor(es) do homicídio.
Terceiro caso – O terceiro caso foi da adolescente de apenas 14 anos, Ana Cleide Vieira, ainda na noite de quinta. Ela foi assassinada com um tiro nas costas, bem em frente à casa onde morava, localizada na Vila do V, em Porto Acre.
Testemunhas relataram que a jovem conversava com um amigo quando seus algozes, dois homens (cujas identidades ainda são desconhecidas), passaram de moto atirando balas em direção da vítima. Após ser atingida, Ana Cleide resisitiu apenas por alguns minutos antes de morrer. Não teve tempo hábil para ela ser socorrida. Seu corpo foi resgatado pelo IML.
As suspeitas maiores da polícia recaem sobre um ex-namorado da vítima, cujo nome não foi divulgado. Ana Cleide havia terminado, faz pouco tempo, um relacionamento de 7 meses com o suspeito, e ele não aceitava o término do namoro. Tornam ainda maiores as suspeitas sobre esse ex-namorado as alegações da família de Ana Cleide de que ele seria integrante de uma facção criminosa, o Comando Vermelho.
O rapaz que estava com a vítima na frente da casa dela não foi atingido. Há suspeitas de que ele também seria membro de uma facção rival a dos atiradores, o Bonde dos 13.