O crescimento da violência em hospitais, postos de saúde e UPAs do estado, têm amedrontado os profissionais da Saúde. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores de Saúde do Estado do Acre (Sintesac), 14 unidades foram atacadas entre 2016 e 2017.
O presidente da entidade, Adailton Cruz, afirma que 12 profissionais pediram afastamento por medo de novos ataques, como assaltos, tiroteios e até ameaças. “Os servidores estão em pânico de permanecer nas unidades. Muitos até se licenciaram”, explica.
Em junho deste ano, um segurança do Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb) foi baleado dentro da unidade. Um homem chegou em uma motocicleta, entrou no hospital, e disparou um tiro contra o segurança Acivaldo Nunes Maia. Poucos dias depois, outro vigilante foi alvejado com dois tiros dentro da UPA da Cidade do Povo.
Cruz destaca que o sindicato entrou com pedido de um plano de segurança para as unidades, policiamento ostensivo, presença de policiais nas principais unidades, além de vigilantes armados e implantação de protocolo de acesso nas unidades.
“Estamos aguardando a resposta da secretaria de Saúde e de Segurança. A previsão inicial foi de 90 dias.”
A Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) informou que 37 unidades possuem vigilância patrimonial armada. Além disso, um detector portátil de metal deve ser implantado na entrada da Maternidade Bárbara Heliodora nos próximos dias.
A pasta confirmou que investe cerca de R$ 9 milhões por ano em segurança. Uma sala de situação deve ser criada para discutir estratégias de reforço na segurança das unidades de saúde.