Ícone do site Jornal A Gazeta do Acre

Tempo seco favorece aumento de casos de conjuntivite nas unidades de saúde em Rio Branco

Tempo seco favorece aumento de casos de conjuntivite nas unidades de saúde em Rio Branco

“Já tive duas vezes. É um negócio que arde, coça e dói quando olhamos para a luz”, assim descreveu os sintomas mais comuns da conjuntivite, a cuidadora Maria do Rosário. Ela é apenas um dos casos da doença que tem levado muita gente a procurar as unidades de saúde pública de Rio Branco.

Desde o mês passado as notificações dos casos não param de subir. E a expectativa é que permaneçam em ascensão até o fim do verão amazônico, que tem como principal característica a ausência de chuva e a baixa umidade do ar.

No último levantamento divulgado, só na Unidade de Pronto Atendimento (Upa) do Segundo Distrito, a cada 100 atendimento, pelo menos 15 pacientes apresentam os sintomas da conjuntivite. Por dia, são quase 20 atendimentos.

Essa combinação de fatores facilita o contágio da doença. “O tempo quente e com pouca incidência de chuvas cria condições favoráveis para a disseminação da inflamação na membrana que reveste a parte frontal dos olhos e o interior das pálpebras. Apesar de não ser grave, a conjuntivite causa sintomas incômodos e que incapacitam a pessoa de realizar suas tarefas cotidianas”, esclarece médicos especialistas.

A recomendação para quem já contraiu a doença é recorrer a compressas de água gelada fazendo uso de um tecido macio e limpo, usar óculos e, além de lavar bem as mãos e fazer uso do álcool em gel.

A conjuntivite é uma doença que se caracteriza pela inflamação da conjuntiva, causada por agentes tóxicos, alergias, bactérias ou vírus. A conjuntiva é a membrana transparente que recobre o globo ocular e a parte interna da pálpebra.

A conjuntivite viral é altamente contagiosa, frequente no verão, e apesar de não ser grave provoca muito incômodo. Geralmente compromete os dois olhos, não necessariamente ao mesmo tempo, sendo o contágio feito pelo contato direto com a pessoa doente ou objetos contaminados.

Esta contaminação ocorre com maior facilidade em ambientes fechados como escolas, por exemplo. A secreção da conjuntivite viral é mais esbranquiçada, em pequena quantidade e demorando aproximadamente 15 a 20 dias para desaparecer com tratamento adequado. A secreção da conjuntivite bacteriana é mais amarelada e abundante. Demorar de 5 a 7 dias para desaparecer com tratamento adequado.

Não existe tratamento específico para conjuntivite viral. Para diminuir os sintomas e o desconforto pode-se utilizar soro fisiológico gelado e compressas sobre as pálpebras, limpar os olhos com frequência, ou ainda, usar colírios lubrificantes e lágrimas artificiais.

Algumas medidas podem ser tomadas para se evitar a propagação da conjuntivite viral:
Lave suas mãos com frequência.
Não coloque as mãos nos olhos para evitar a recontaminação.
Evite coçar os olhos para diminuir a irritação da área.
Lave as mãos antes e depois do uso de colírios ou pomadas.
Ao usar, não encoste o frasco do colírio ou da pomada no olho.
Evite a exposição à agentes irritantes (fumaça) e/ou alégenos (pólen) que podem causar a conjuntivite.
Não use lentes de contato enquanto estiver com conjuntivite.
Não use lentes de contato se estiver usando colírios ou pomadas.
Não compartilhar lençóis, toalhas, travesseiros e outros objetos de uso pessoal de quem está com conjuntivite;
Evitar piscinas.

Sair da versão mobile