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Com baixa do Rio Madeira, caminhoneiros aumentam frete e evitam entrar no Acre

 

Devido o baixo nível do Rio Madeira na região do Distrito do Abunã, em Porto Velho/RO, muitos caminhoneiros estão evitando entrar no Acre, além de quase dobrar o preço do frete. A informação foi confirmada pelo Sindicato das Empresas de Logísticas e Transportes de Cargas do Estado (Setacre).

Segundo a presidente da entidade, Nazaré Cunha, a repercussão a nível nacional tem gerado medo nos motoristas que fazem frete para a região Norte. “Eles estão com medo de vir e não ter como retornar. Eles também estão com medo de ficar em filas enormes, além de cobrarem valores exorbitantes. Esse é o problema”.

Nesta segunda-feira, 14, o manancial registrou a marca de 9,78m no local em que as balsas fazem a travessia dos veículos. A reportagem tentou, mas não conseguiu a medição atualizada. O manancial corta a BR-364, única via terrestre que liga o estado ao restante do país.

Apesar do volume de águas, Cunha afirma que não existe fila de espera para os veículos. Porém, a travessia que demorava cerca de 30 minutos é feita em aproximadamente uma hora, dependendo do nível das águas. “Todos os dias nós falamos com os administradores das balsas e o serviço está normalizado. Agora tem mais opção porque está com dois portos funcionando”.

Sobre as fotos de filas de veículos quilométricas que circulam nas redes sociais, a presidente enfatiza que são de quando ainda operavam apenas duas balsas. Hoje, quatro balsas fazem a travessia dos veículos em dois portos distintos, segundo Cunha.

O empresário Luan Chalub, 29 anos, conta que utilizou a balsa na madrugada de segunda, 14, e não havia fila de espera. “Cheguei e fui o primeiro a entrar na balsa. Não tem mais fila. Fiz a travessia em cinquenta minutos, não mais que isso. Depois que colocaram mais balsas acabou a espera”.

O governo de Rondônia decretou situação de emergência na região, conhecida como Ponta do Abunã. O governo do Acre, juntamente com o senador Jorge Viana e o deputado federal Raimundo Angelim, buscam uma solução emergencial junto ao governo federal para regularizar a travessia das balsas.

Com baixa do Rio Madeira – FOTO/ DIVULGAÇÃO

 

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