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Com o tema: ‘Amamentação vale ouro’, programação é criada para incentivar a prática

Com o objetivo de conscientizar as mães sobre a importância da amamentação, além de incentivar a prática, uma programação foi desenvolvida para celebrar a 1ª edição do ‘Agosto Dourado’. Uma lei sancionada neste ano instituiu o mês do aleitamento materno. No Acre, a abertura da programação intitulada ‘Amamentação Vale Ouro’ aconteceu nesta terça-feira, dia 1°.

Durante o evento, ocorrido na Praça da Revolução, foram realizadas panfletagens e rodas de conversa. Além disso, a programação também inclui a ‘Hora do Mamaço’, que está marcada para sexta-feira, 4, na Ufac.

De acordo com a gerente da Divisão de Saúde da Criança e Aleitamento Materno do Acre, Rafaela Chagas, ao longo do mês as ações desenvolvidas ficarão a cargo das unidades de saúde de atenção primária e hospitalares.

“Apesar de termos vindo desde a década de 70 trabalhando com o incentivo ao aleitamento materno, e tentando reduzir as taxas de mortalidade infantil, isso ainda continua com uma taxa elevada. As ações ocorrem em Rio Branco e no interior do Estado”, disse Rafaela, confirmando que serão ministradas em cinco escolas da Capital palestras educativas sobre o assunto.

Enquanto a programação se estende por todo o país, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) apoia a mudança na legislação para que seja ampliado o período de licença-maternidade, o que possibilitaria à mulher praticar o aleitamento de seu filho.

De acordo com a entidade, estudos científicos comprovam a eficácia do leite materno na redução de morbidades, mortalidades, desigualdades, violência, danos ambientais bem como na prevenção de diversas doenças, além de fortalecer o vínculo afetivo entre mãe e filho.

Estimativas recentes sugerem que a amamentação, se fosse ampliada para níveis universais, poderia prevenir cerca de 12% das mortes de crianças menores de 5 anos de a cada ano, ou cerca de 820 mil mortes em países de média e baixa renda.

A Semana Mundial do Aleitamento Materno em agosto vem sendo comemorada desde 1992. A cada edição, uma temática relevante é selecionada para servir de mote para as diferentes atividades desenvolvidas.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) rege que somente 38,6% dos bebês brasileiros se alimentam apenas com leite da mãe nos primeiros 5 meses de vida. A taxa é considerada abaixo do ideal, pois a média mundial de amamentação nos primeiros 6 meses de vida fica de 20 a 40%.

Preconceito

Não há dúvidas de que o leite materno é o melhor alimento que as mães podem oferecer a seus filhos, em razão de todos os benefícios que proporciona para a saúde do bebê. Porém, de acordo com dados de uma recente pesquisa, há quem enxergue essa atitude com maus olhos: 47,5% das brasileiras relataram que já sofreram preconceito por amamentar em público, colocando o Brasil no topo entre os países que mais censuram a mulher durante esse momento que estreita o vínculo entre mãe e filho, enquanto a média global é de apenas 18,1%.

“Queremos sensibilizar a comunidade para a importância desse ato de amamentar. Existem situações de preconceito durante a amamentação em locais públicos, mas não acho que isso seja um motivo para atrapalhar o aleitamento. Infelizmente, nem todos encaram o ato de amamentar como uma ferramenta importantíssima para combater a mortalidade infantil”, ressaltou Rafaela. (Com informações da Assessoria de Comunicação da SBP).

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