Com 184 votos favoráveis a Michel Temer e quórum de ao menos 342 parlamentares, o presidente barrou o prosseguimento da denúncia oferecida contra ele pelo procurador-geral da República Rodrigo Janot.
Janot acusa o presidente de ter se aproveitado da condição de chefe do Executivo e recebido, por intermédio do seu ex-assessor Rodrigo Rocha Loures, “vantagem indevida” de R$ 500 mil.
A oposição de Michel Temer (PMDB) na Câmara precisava de 342 votos para derrubar o parecer aprovado na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), que foi contra autorizar o STF (Supremo Tribunal Federal) a investigar o presidente por crime de corrupção passiva.
Com a vitória de Temer, o caso será suspenso e só poderá ser analisado pela Justiça quando Temer deixar o cargo.
O parecer foi lido ontem no plenário pela segunda-secretária da Casa, deputada Mariana Carvalho (PSDB-RO). Em seguida, o presidente foi notificado pelo primeiro-secretário, deputado Giacobo (PR-PR).
A denúncia
No inquérito, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, acusa Temer de ter se aproveitado da condição de chefe do Poder Executivo e recebido, por intermédio do seu ex-assessor Rodrigo Rocha Loures, “vantagem indevida” de R$ 500 mil.
O valor teria sido ofertado pelo empresário Joesley Batista, dono do grupo JBS, investigado pela Operação Lava Jato.
A defesa do presidente Michel Temer argumenta que as provas contidas na denúncia não são concretas e que o presidente não cometeu nenhum ato ilícito. Temer classificou a denúncia de “peça de ficção” e questionou a atuação de Janot.