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Núcleo de Prevenção ao Suicídio oferece apoio e acompanhamento psicológico

Os comportamentos suicidas geralmente resultam da interação de vários fatores. O mais comum é a depressão. De acordo com estudos, a depressão está envolvida em mais de 50% dessas tentativas de morte.

Os fatores de riscos podem envolver problemas matrimoniais, abusos de drogas e álcool, desentendimentos com os pais (entre adolescentes) ou o rompimento de uma relação importante. Situações que acabam sendo a última gota em um quadro em que há uma série de circunstâncias perturbadoras.

Toda e qualquer situação deve ser acompanhada de perto. Um suporte que, na maioria das vezes, precisa ser oferecido por profissionais especializados.

No Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb), psicólogos, psiquiatras e outros profissionais atuam identificando os pacientes que dão entrada na unidade por tentativa de suicídio oferecendo apoio e acompanhamento psicológico. De janeiro a julho deste ano, 104 pacientes vítimas de tentativas foram atendidos no Huerb.

Um olhar atento diante de dados permite ver que o fenômeno não é recente nem isolado em relação ao que acontece com a população brasileira.

Em 1980, a taxa de suicídios na faixa etária de 15 a 29 anos era de 4,4 por 100 mil habitantes; chegou a 4,1 em 1990 e a 4,5 em 2000. Assim, entre 1980 a 2014, houve um crescimento de 27,2%, de acordo dados oficiais do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde.

 Huerb cria plantão psicológico – Na Capital, segundo informações do Núcleo de Prevenção ao Suicídio, criado em 2012, a taxa ainda é de 10 por 100 mil habitantes.

“O suicídio atualmente é considerado uma epidemia silenciosa. É como se fosse invisível, ainda por questões de tabu. Qualquer ameaça ou tentativa de suicídio deve ser levada a sério. Se for ignorada, uma vida pode ser perdida”, destaca a psicóloga Andreia Vilas Boas, coordenadora do Núcleo de Prevenção ao Suicídio.

Dentro do Huerb, trabalham para identificar os casos de tentativa de morte. Um plantão psicológico foi criado para acolher e oferecer suporte necessário dentro da unidade.

Mais de 90% dos pacientes que tentaram, hoje, recebem acompanhamento psicológico. Cerca de 280 pessoas foram acompanhadas por profissionais do Núcleo, durante seis meses.

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