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Políticos lamentam a morte do ex-senador boliviano Roger Molina

 

O ex-senador boliviano Roger Pinto Molina morreu nesta quarta-feira, 16, em Brasília após sofrer acidente aéreo. Ele estava internado em estado grave desde o último sábado, 12, quando a aeronave que pilotava caiu em Luziânia/GO, próximo ao Distrito Federal.

O boliviano era sogro do piloto Miguel Quiroga, que comandava o avião da tragédia com a delegação da Chapecoense, em novembro de 2016. Sua família mora no município acreano de Epitaciolândia, que faz fronteira com Cobija/BO.

Molina vivia no Brasil desde 2013, quando pediu asilo político afirmando perseguição por parte do governo boliviano, Evo Morales. Eleito por um partido de oposição, ele chegou a se refugiar na embaixada brasileira na Bolívia até conseguir permissão para transitar pelo território boliviano sem ser preso.

Sem autorização das autoridades bolivianas, funcionários da embaixada brasileira decidiram transportar Molina até o território brasileiro a bordo de um carro oficial, que não foi parado até o destino final, em Corumbá/MS. Evo Morales acusa o ex-senador de causar danos econômicos ao Estado da ordem de US$ 1,7 milhão.

Em entrevista ao jornal Estado de São Paulo, pessoas próximas a Molina disseram não descartar a hipótese de atendado no acidente aéreo que o vitimou. A oposição na Bolívia também suspeita de crime político. A aeronáutica investiga as causas do acidente. No domingo, 13, investigadores do Sexto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos estiveram no local para coletar documentos e informações.

Nas redes sociais, diversos políticos lamentaram a morte de Molina. O senador Jorge Viana conta que tinha uma relação de amizade antiga com o boliviano. “Ele tinha sido governador de Pando, em Cobija, e eu ajudei na legalização da sua situação no Brasil. Sempre mantivemos contato. Recentemente, uma tragédia alcançou sua família. O genro dele era o piloto do avião que caiu com o time da Chapecoense. Há anos ele enfrentava dificuldades e me relatava. Lamento sua morte e me solidarizo com sua esposa, filhos, familiares e amigos. Farei registro hoje no Senado Federal”, diz trecho de sua publicação.

“Cheguei agora do hospital onde está o corpo do amigo Roger Pinto. Confesso que fiquei muito triste com o sofrimento da família e de muitos amigos que o Roger tinha em toda a América Latina. O mais triste é que a família está com medo de levar o corpo e fazer um enterro digno que ele tanto merece em seu estado de Pando (Cobija), que ele tanto amava. Quero ver até quando vamos ter esse governo ditador e perseguidor da nossa querida Bolívia. Fui ver no seu Face e busquei as últimas mensagens que Roger me mandou. Confesso que fui às lágrimas. Vai com Deu, querido Chonta”, escreveu o senador Sérgio Petecão (PSD).

 

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