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População idosa cresce, mas ainda não recebe atenção suficiente, diz coordenadora

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estima que, em 40 anos, a população idosa vai triplicar no Brasil, passando de 19,6 milhões, em 2010, para 66,5 milhões em 2050. Daqui a 14 anos, os idosos chegarão a 41,5 milhões e as crianças serão 39,2 milhões, ou 17,6%, segundo o órgão.

Apesar do crescimento contínuo, ainda falta atenção à Saúde e fomento a ações de combate a violência por parte do governo, assim como a conscientização em relação aos idosos por parte da sociedade em geral. A expectativa de vida do brasileiro passou de 62,5 anos em 1980 para 70,4 anos em 2000. Já em 2014, subiu para 75,2 anos.

“As pessoas estão mais preocupadas com o agora ou estão esperando chegar sua vez porque não há preocupação com os idosos”, afirmou a coordenadora do Fórum Permanente da Política Estadual da Pessoa Idosa do Acre, Ruth Barros.

Para a coordenadora, um exemplo da falta de interesse pela população idosa é a baixa divulgação da mudança no Estatuto do Idoso, que ocorreu em julho deste ano. A nova lei estabelece prioridade especial a pessoas com mais de 80 anos em relação a outros idosos, inclusive na Justiça e atendimentos de saúde. “Quase não foi divulgado, você não vê as pessoas falando sobre o assunto”.

Sobre o Fórum, Ruth Barros diz que o objetivo é sensibilizar a sociedade sobre a questão do envelhecimento e atendimento ao idoso, apoiar a implementação da política nacional do Idoso, promover troca de conhecimento na área, fomentar ações de conscientização, fiscalizar e denunciar qualquer tipo de violência à pessoa idosa, entre outros. A iniciativa existe desde 2004, mas sua regularização ocorreu em 2013.

No dia 12 de setembro serão escolhidos dez representantes da sociedade civil para compor o Conselho Estadual do Direito do Idoso. Interessados devem comparecer na sede do órgão, às 14h30. O endereço é Avenida Nações Unidas, bairro Estação Experimental. O encontro será aberto ao público.

Violência contra o idoso

Engana-se quem acha que a violência contra a pessoa idosa se restringe apenas à agressão física ou psicológica. A omissão institucional também é considerada um tipo de violência. O assunto foi discutido durante um encontro referente à linha de cuidado ao idoso, que ocorreu no dia 16, em Brasília.

A coordenadora participou do evento e explica que a negligência institucional é um dos maiores problemas enfrentados pela população idosa. “A maiores reclamações são sobre a falta de apoio do governo em relação a hospital, transporte, falta de casas de apoio. Mas existe a violência doméstica e muito. Aqui em Rio Branco não temos esses dados porque a delegacia não passou”.

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