X

Senador Jorge Viana lamenta resultado da votação que arquivou a denúncia contra Temer

Foi grande a repercussão do resultado da votação que definiu que a denúncia contra o presidente Michel Temer não terá prosseguimento. A Câmara dos Deputados aprovou no início da noite de quarta-feira, 2, o relatório da CCJ que recomendava a rejeição da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República contra Temer pelo crime de corrupção passiva. Com isso, a tramitação da acusação fica paralisada até que o mandato do peemedebista acabe.

No Twitter, a hashtag #investiguemtemer foi uma das mais replicadas do dia pelos usuários, que, em geral, não gostaram do resultado da votação. Os políticos brasileiros também foram às redes, seja para comemorar, reclamar ou compartilhar memes sobre a sessão.

De um lado, Temer e seus aliados comemoram o resultado e, em geral, explicaram o motivo de seus votos pelo arquivamento da denúncia. Do lado da oposição, muita revolta e com bem menos bom humor, os parlamentares lamentaram o arquivamento da denúncia.

O senador Jorge Viana (PT-AC) pontua que o resultado da votação é fruto da compra de apoio de deputados para enterrar a abertura de processo de investigação por crime de corrupção contra o presidente Michel Temer.

“O que mais choca a opinião pública hoje é o custo dessa votação. O resultado da não aceitação desse processo contra Temer na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara custou, segundo a imprensa, R$15 bilhões. Qual o custo dessa votação de hoje, na Câmara dos Deputados? Quantos bilhões? Tudo isso na hora em que o país vive as mazelas do golpe”, pontuou.

O parlamentar comparou a votação da última quarta-feira, 2, com do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. “Essa sessão vai entrar na página triste da história do parlamento brasileiro, porque as informações da imprensa, das redes sociais, é de que estão comprando voto no plenário da Câmara dos Deputados”, lamentou.

Para Viana, “só há uma saída na democracia: tirarmos a política fisiológica, corrompida, que desrespeita a opinião pública e colocarmos no lugar a boa política, com pessoas decentes, pessoas que trabalhem pelo bem comum, pessoas que tenham ética para uma atividade tão importante, que é a atividade política na democracia representativa”, disse.

A Gazeta do Acre: