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A pergunta que se faz

Com a crise institucional e política, agravada nos últimos dias com fatos escandalosos sem precedentes, a pergunta que se faz é quem e como chamar a sociedade brasileira para comemorar mais um aniversário da independência do país.
Que moral, por exemplo, tem o presidente da República, imposto por um golpe parlamentar, com a rejeição de mais de 90% da população e envolto em várias denúncias de corrupção, para chamar a sociedade às ruas para celebrar a data? É provável que ele mesmo não tenha a coragem de sair às ruas para não ser enxovalhado.
E é de se notar que nem todas as denúncias ainda não foram apuradas e protocoladas nas instâncias devidas. Por exemplo, como explicar que um dos seus de seus principais ex-ministros e amigo tenha conseguido amealhar a exorbitante quantia de mais de R$ 50 milhões e escondê-la em malas e caixas num “bunker”, agora descoberto pela Polícia Federal?
Diante destes e de outros fatos, é difícil, muito difícil desfazer a descrença e a indignação da sociedade brasileira com as instituições e seus governantes e políticos, resguardando as devidas exceções. Mesmo assim, a sociedade precisa reagir, ir para as ruas para manifestar sua indignação e, no tempo, devido expurgá-los da vida pública.

A Gazeta do Acre: