Mesmo antes de receber o diagnóstico de ansiedade, sabia o tamanho do desafio que começava ali. Ansiedade é lutar contra você mesmo todos os segundos do dia. T.O.D.O.S.
Você não tem fome, mas come. Para preencher a falta de afeto. Para curar um coração partido. Para não se sentir só. Come para esquecer. Muito parecido com os efeitos de uma droga.
Depois que aqueles segundos de êxtase passam é o que inferno começa. Culpa e tristeza passam a acompanhar o ansioso. Isso sem falar nos efeitos físicos, como pernas inquietas, dor de cabeça, de barriga, vontade de chorar, vontade de vomitar na inútil tentativa de se sentir útil e dono de si ou simplesmente para acabar com tanta dor.
Tem gente que extravasa a ansiedade, malhando, correndo, ingerindo bebida alcoólica, fumando, usando drogas, trabalhando excessivamente ou se deixando dominar pelos instintos sexuais.
Independentemente do que faça, um sentimento comum é a dor. Sim, ansiedade causa dor. Só quem sofre é que sabe.
Depois que esse inferno acaba, surge uma sensação de inutilidade tamanha que se alguém pudesse respirar ou piscar os olhos por você seria ótimo. Tomar banho, trocar de roupa ou apenas escovar os cabelos parece ser ações impossíveis. E naquele momento são mesmo.
Por fora, um sorriso. Por dentro coração apertado. Para os outros o perdão imediato, mas essa palavra não existe para você mesmo. Por fora, facilita e poupa os outros, mas, por dentro, a busca incansável pela tal perfeição extrema, e é claro, impossível, provoca a ausência da generosidade com você mesmo e com seus limites.
Palavras aparentemente inofensivas, abrem grandes feridas. Ações impensadas causam dores inimagináveis.
Para os outros é frescura. Para você é o fim do mundo. Ações, palavras e até a falta delas são gatilhos para essas crises que podem ter consequências graves.
Você já sabe qual o seu gatilho?
Se você se identificou com tudo o que foi escrito, busque ajuda. Você não está sozinho, apesar da sua cabeça dizer que sim.
Independentemente do que faça,um
sentimento
comum é a dor.