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Questão de sobrevivência

O terremoto de magnitude 7.1 atingiu a capital do México nesta semana e casou milhares de mortes e um rastro de destruição. Mas, poderia ter sido muito pior. Nesta mesma data, há 32 nos, outro abalo matou pelo menos 10 mil pessoas.

O México fica entre cinco placas tectônicas e é um dos países com maior atividade sísmica no mundo. E, por viver na iminência de outros tremores, o país se estruturou ao longo dos anos e sua população recebeu treinamento específico para esse tipo de situação.

Eles não pagaram para ver. O resultado disso, é que apesar da gravidade do tremor desta semana, as pessoas sabiam o que fazer. Como proceder.

Aqui mesmo no Acre já houve alguns tremores de terra, nada comparado ao que ocorreu no México, mas se você sentiu o tremor, sabia o que fazer? E isso vale para qualquer ocasião.

O brasileiro tem fama de aprender tudo na marra, sofrendo, vivenciando. Mas, podia não ser assim, né? As forças da natureza a todo momento nos provam que não temos qualquer poder e, em alguns casos, nenhum conhecimento sobre determinados eventos.

O governo mexicano criou o Plano Familiar de Proteção Civil, que ajuda os moradores a treinarem sozinhos. Olha só que ideia massa!

A planilha do programa mostra, por exemplo, que é preciso desenhar (em verde) a rota de fuga dentro das casas e que o tempo para deixar o local deve ser de 40 segundos.

Esse tempo pode definir quem vive e quem morre numa situação dessas. No melhor estilo “faça você mesmo”, o documento ensina inclusive a população a fazer uma simulação caseira do terremoto.

Depois de avisar vizinhos e autoridades – para não assustar ninguém – basta desligar energia, gás, água e telefone e sair pelas rotas marcadas até chegar em segurança até um ponto de encontro pré-estabelecido.

Óbvio que treinamentos como esse levam tempo. Mas, como falei acima, pode ser crucial. Falei de terremotos, mas tem pessoas que se afogam no rio em pleno período de seca. Ou simplesmente, tem gente que não sabe o que fazer num incêndio. Conhecimento é poder.

 

“O brasileiro tem fama de aprender tudo na marra, sofrendo, vivenciando”

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