O Ministério de Minas e Energia confirmou nesta segunda-feira, 25, que o horário de verão será mantido este ano. Assim, a partir do dia 15 de outubro, o Acre passa a ficar com uma diferença de três horas em relação ao horário de Brasília. Já os moradores da região Sul, Sudeste e Centro-Oeste deverão adiantar os relógios em uma hora. O horário diferenciado encerra às 0h de 19 de fevereiro de 2018.
Na semana passada, o governo cogitou acabar com o horário de verão no Brasil após um estudo que apontou queda na efetividade do programa, já que o consumo de eletricidade não estava mais ligado ao horário e sim à temperatura, com picos de consumo nas horas mais quentes do dia.
Segundo o Operador Nacional do Sistema (ONS), os picos de consumo ocorrem no horário entre 14h e 15h, e não mais entre 17h e 20h.
Contudo, a escassez de chuvas no país e o baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas influenciaram na decisão do governo, que vem adotando medidas para garantir a oferta de eletricidade. Por isso, a pequena economia de energia proporcionada pelo horário de verão pode ajudar o sistema elétrico nacional. Em 2018, o governo deve fazer uma pesquisa para decidir se mantém ou não o horário diferenciado nos próximos anos.
A ONS estima que no horário de verão praticado em 2016/2017 a economia foi de R$ 159, 5 milhões, valor inferior ao período de 2015/2016, quando foi economizado R$ 162 milhões.
Conta de luz deve ter bandeira tarifária vermelha
A expectativa é que, em outubro, o governo deve passar a cobrar bandeira vermelha, possivelmente no patamar dois. Atualmente, está em vigor a tarifa amarela, que representa um acréscimo de R$ 2 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
Com a tarifa vermelha, o preço da energia passa a ter um acréscimo de R$ 3 por 100 kWh. No caso do patamar dois, o valor seria de R$ 3,50 a cada 100 kWh consumidos. A nova bandeira tarifária deve ser anunciada na próxima semana.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) descartou a possibilidade de haver desabastecimento de energia elétrica em 2018 e, caso a demanda suba, o Brasil poderá importar energia da Argentina a um preço melhor.
Mas o que é a bandeira tarifária? A bandeira tarifária não é um custo extra na conta de luz. Elas apenas mostram, mês a mês, o custo de geração de energia elétrica no país, valor que é repassado aos consumidores.
As bandeiras funcionam da seguinte forma: as cores verde, amarela ou vermelha indicam se a energia custará mais ou menos devido as condições de geração de energia. Dessa forma, a conta de luz fica mais transparente, e o consumidor saberá como usar de forma mais consciente a eletricidade.