sta quarta-feira, às 21h45 (de Brasília), no Mineirão, o Cruzeiro entra em campo, contra o Flamengo, para disputar muita coisa. Não é só um jogo, uma final que vale uma taça de Copa do Brasil. Vale a confiança do torcedor, vale prestígio, respeito, uma vaga na Libertadores, uma confirmação do trabalho do ano inteiro, a retomada da soberania no torneio – ao lado do Grêmio, que já tem cinco conquistas. E vale dinheiro! Se derrotar o Rubro-Negro, no tempo normal ou nos pênaltis, e sair do Mineirão com a taça, a Raposa vai receber importantes depósitos em conta.
O dinheiro disputado de forma mais direta é a premiação do título. O campeão da Copa do Brasil ficará com R$ 6 milhões. O vice-campeão leva para casa um valor três vezes menor: R$ 2 milhões. É válido lembrar que, até aqui, o Cruzeiro já garantiu R$ 6,8 milhões com as fases anteriores do torneio. Além disso, caso conquiste o torneio, o clube ainda ganha uma bonificação da Caixa, patrocinadora master, no valor de R$ 500 mil.
Mas não é só isso. O campeão da Copa do Brasil se garante, também, na próxima edição da Taça Libertadores. Os valores que serão recebidos pelos clubes no torneio continental da próxima temporada ainda não foram definidos, mas dá para fazer uma estimativa usando números de 2017.
Na atual temporada, os times que disputaram a fase de grupos da Libertadores – onde o Cruzeiro entra na próxima edição se vencer a Copa do Brasil – receberam R$ 5,4 milhões pelo direito de transmissão dos três jogos em casa. O valor recebido pela disputa das oitavas de final foi de R$ 2,5 milhões. Nas quartas, aumentou para R$ 3,2 milhões. Na semi, são R$ 4,2 milhões. O vice-campeão vai levar para casa R$ 5 milhões, enquanto o campeão vai faturar R$ 10 milhões.
Com o título da Copa do Brasil e a confirmação da presença na fase de grupos da Libertadores de 2018, portanto, o Cruzeiro garante, no mínimo, mais R$ 11,9 milhões (R$ 6 milhões da premiação pelo título, R$ 5,4 milhões pela fase de grupos da Libertadores e R$ 500 mil de bonificação da patrocinadora master). Caso seja campeão do torneio continental em 2018, o valor chega a R$ 31,3 milhões. É válido destacar, mais uma vez, que a projeção é feita com base nos números de 2017, já que os valores de 2018 ainda não estão definidos e podem ter reajustes.
Indiretamente, outra receita que pode crescer com o título da Copa do Brasil é a de patrocínio. O Cruzeiro, atualmente, tem como patrocinador máster a Caixa Econômica Federal. O valor do contrato fechado até dezembro de 2017 é de R$ 11 milhões. Com a classificação para a Libertadores, a diretoria celeste fica livre para negociar e definir um novo parceiro para estampar no lugar mais nobre do uniforme, e a tendência é que, com a participação na Libertadores – que atrai mais visibilidade internacional para a marca -, o valor cresça. O Cruzeiro pode, também, conseguir melhores contratos com outros patrocinadores, para lugares secundários no uniforme, por exemplo.
É natural que nenhum jogador pense em valores quando for dar um passe ou pense em patrocínio quando for finalizar, mas a diretoria celeste certamente tem a expectativa pelo “troféu monetário” da conquista da Copa do Brasil. O segundo mandato do presidente Gilvan de Pinho Tavares está no fim. O novo mandatário, seja lá quem for, pode assumir o Cruzeiro com um reforço importante nos cofres. Depende de quarta-feira, da decisão da Copa do Brasil.
Ano que vem vai melhorar. E muito!
A premiação da Copa do Brasil 2017 não é lá das mais empolgantes. Não que R$ 6 milhões seja um valor irrisório, mas também não é nada que mude significamente a situação de um clube da elite do futebol brasileiro. A partir de 2018, porém, o campeão da Copa do Brasil vai ter uma bonificação muito mais generosa. A premiação definida no novo contrato de transmissão do torneio vai garantir ao clube vencedor R$ 50 milhões. O vice-campeão também vai levar uma bolada para casa: R$ 20 milhões. O aumento nos valores promete aumentar ainda mais a competitividade do torneio, que já está consideravelmente mais disputado desde que os clubes que disputam a Libertadores passaram a jogar, também, a Copa do Brasil.