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Ex-prefeitos e vereadores são presos acusados de fraudar licitações no AC

Ex-prefeitos, vereadores e ex-secretários municipais foram presos pela Polícia Federal do Acre nesta quarta-feira, 13, durante a 4ª fase da Operação Labor, chamada de Dolos-Apate. Ao todo, estão sendo cumpridos 37 mandados judiciais em Brasiléia e Rio Branco. São 7 mandados de prisão, 14 de busca e apreensão e 16 de conduções coercitivas.

A operação investiga uma organização criminosa formada por empresários e agentes políticos de fraudar licitação. O grupo acusado de contratar empresa de fornecimento de mão de obra terceirizada à Prefeitura Municipal de Brasiléia teria desviado um valor superior a R$ 1, 2 milhão, segundo a PF.

Os ex-prefeitos de Brasiléia, Everaldo Gomes e Aldemir Lopes, e o ex-prefeito de Plácido de Castro, Roney Firmino foram presos durante a operação. O ex-vereador Marivaldo da Silva, o vereador Joelson dos Santos Pontes e o ex-secretário de Finanças Jackes Haroldo também foram presos preventivamente. O ex-vereador Mário Jorge Gomes Siesca foi conduzido coercitivamente.

Segundo a PF, após a escolha da empresa ligada à organização criminosa, os políticos eram responsáveis por fazer empenhos acima do necessário para efetivar os pagamentos dos serviços. A diferença entre o valor empenhado e real valor eram sacados por representantes da empresa e entregues, em espécie, a membros da prefeitura do município. O dinheiro era distribuído entre integrantes do próprio Executivo, do Poder Legislativo e de “laranjas” indicados por membros da organização.

“Ao longo da investigação conseguimos comprovantes em contas dos investigados e de parentes dos investigados que comprovam os desvios”, afirmou o chefe da DELEMIG, o delegado Henrique Albergaria.

Ainda segundo o delegado, o ex-prefeito Roney Firmino é responsável por comandar o esquema criminoso.  Todos os presos foram encaminhados para o presídio Francisco d’Oliveira Conde, em Rio Branco.

Mais de 90 policiais federais estão envolvidos na operação. A Justiça determinou o afastamento de 3 vereadores e o bloqueio de contas e sequestro de bens de 14 investigados.

Sobre o nome da Operação, a PF explica que é uma referência direta à atuação das duas pessoas que comandavam a organização criminosa, formada para dilapidar o erário daquele Município. Na mitologia grega, Apate e seu correspondente Dolos são espíritos que personificam o engano, a fraude e a malícia.

Foto/ Arquivo Perssoal e Rede Amazônica Acre
A Gazeta do Acre: