Atendendo a um requerimento de autoria do deputado Raimundinho da Saúde (Podemos), a Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) realizou na manhã desta quinta-feira (21), uma sessão solene em homenagem ao Dia Nacional da Luta da Pessoa com Deficiência. A data foi instituída para promover a conscientização da sociedade e dos representantes sobre as ações que devem ser realizadas para garantir a qualidade de vida e a promoção dos direitos dos deficientes. Além de deputados estaduais, participaram da solenidade a presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Conede/AC), Dilaina Maria Araújo Costa; o secretário municipal de Saúde, Oteniel Almeida; Sirlene Assis, do Centro de Apoio às Pessoas com Deficiência Física do Acre (Capedac); Jamile Vital, presidente da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Plácido de Castro; e Helena Franca, diretora-geral da APAE de Rio Branco. Em pronunciamento, o presidente em exercício do Poder Legislativo e autor do requerimento que solicitou a solenidade, deputado Raimundinho da Saúde, falou da importância da inclusão social para as pessoas portadoras de alguma defiiiência física. “Muitas discussões já foram levantadas, inclusive, nesta casa, para combater o preconceito que as pessoas com defi ciência sofrem. Devemos lutar cada vez mais por mais políticas públicas que amparem essas pessoas, só assim conseguiremos minimizar o preconceito. O Acre ainda tem muito o que melhorar nesse sentido, o transporte coletivo é um exemplo disso.As rampas dos ônibus deveriam funcionar 100% e não funcionam. Nós temos que mudar esse quadro, nós temos que lutar diariamente para transformar o Acre num Estado igualitário”, enfatizou. A presidente do Conselho Estadual dos Direitos das Pessoas com Defi ciência (Conede), Dilaina Maria Araújo Costa, falou sobre a luta em defesa da causa das pessoas com defi ciência. “Estamos articulando e mostrando para a população acreana os diretos de todos eles para que sejam reconhecidos e respeitados. É isso que nós, pessoas com defi ciência, queremos.Queremos que os nossos direitos respeitados, queremos a tão sonhada inclusão social”, afi rmou. A diretora-geral da APAE de Rio Branco, Helena França, disse que a união das instituições fortalece a luta em defesa dos portadores de defi ciências e consequentemente a elaboração de leis e políticas públicas voltadas para atender essas pessoas. “Eu gostaria de cumprimentar a mesa de honra deste evento e dizer que é com grande alegria que hoje estamos todos reunidos aqui. Precisamos avançar ainda em alguns pontos, porque a defi ciência não passa apenas pelos conceitos arquitetônicos, mas também pelas atitudes, atitudes”, pontua a diretora. Sirlene Assis, presidente da (Capedac), falou sobre o processo que vivenciou, onde se viu dependente de uma cadeira de rodas para se locomover e destacou as difi culdades enfrentadas diariamente pelos defi cientes físicos. Oteniel Almeida, secretário municipal de Saúde falou sobre a emoção de participar de uma sessão solene em homenagem às pessoas comdefi ciência. Ele destacou ainda os trabalhos que têm sido realizados pela prefeitura da capital para melhorar a qualidade de vida dessas pessoas. “Quando venho a uma solenidade na Aleac, algumas de fato a responsabilidade se junta a alegria e a de hoje é uma delas. Eu sei a batalha que as pessoas com deficiência enfrentam. Você não precisa necessariamente ser deficiente para conhecer essa realidade, se conviver, ouvir e respeitar, você já saberá muito acerca deles. Temos trabalhado para melhorar a vida dessas pessoas, é o mínimo que podemos fazer por elas.Por isso a prefeitura de Rio Branco tem feito um esforço para engajar essa luta”, ressaltou. Para a deputada Doutora Juliana (PRB), o problema da acessibilidade não é a ausência de leis, mas sim a falta do cumprimento delas pela sociedade civil organizada. “O problema da acessibilidade não é apenas uma questão de legislação. A legislação é farta, é imensa, perfeita, mas falta à sociedade não só esperar do poder público, tem que levantar e colocar essas leis em prática. Nós queremos que vocês sejam valorizados. O que dizer aqui, não precisa dizer mais nada, o que precisamos é que as leis sejam cumpridas.