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Selecionado para encontro internacional de grafiteiros, acreano busca patrocínio

O grafiteiro Matias Souza, de 30 anos, foi selecionado para representar o Acre no encontro que vai reunir artistas do mundo inteiro, o Caps In The Wall. O evento ocorre nos dias 17, 18 e 19 de novembro, em Quito, capital do Equador. O artista busca recursos para conseguir, pelo menos, as passagens de ida e volta.

Durante a programação, mais de 50 artistas irão fazer intervenções culturais, com pinturas em telas de vários tamanhos, além de trocar de experiências e técnicas de grafitagem.

“Estou indo não só mostrar o meu trabalho. Estarei levando a cultura do Acre, toda a proposta e os traços do nosso cotidiano, nossa identidade, nossos costumes. Vou está representando tudo isso através dos desenhos que vou reproduzir lá. Não é uma representação do artista, mas da nossa cultura propriamente dita”.

Para ajudar com os custos da viagem, Matias promoverá um leilão digital de duas telas ao longo desta semana. O lance mínimo será de R$ 30. Interessados em participar devem acompanhar o grafiteiro nas redes sociais, onde ele deve informar sobre os dias e horários do leilão. Os endereços eletrônicos são: @matiasartes (Instagram); Facebook/matiassouza.

“Acredito que seja a primeira vez que aconteça em Rio Branco uma ação como essa. O lance será mínimo para a galera contribuir e também para aqueles que gostam do meu trabalho poderem contribuir para que eu possa ir para esse evento”.

Há 15 anos, Matias deixa os dias de quem passa por diversos locais da capital acreana mais coloridos, com suas pinturas cheias de vida. Ele já participou de eventos em países, como Espanha, Portugal, Bolívia, e diversos estados brasileiros.

A paixão pela arte começou com desenhos no papel e, em seguida ganhou as telas de pintura e muros da cidade. Formado em Serviço Social, Matias vive apenas do dinheiro que ganha com sua arte.

“A pessoa sobreviver de arte hoje, principalmente no Acre, é um pouco complicado. Você precisa se destacar muito para as pessoas te valorizarem, mas mesmo com toda essa resistência eu tento sobreviver só da arte. Eu consigo, mas ainda não é o que eu almejo e grau de satisfação”.

 

FOTOS – ARQUIVO PESSOAL

A Gazeta do Acre: