MARCELA JANSEN
Com a participação de governadores e representantes de mais de 20 estados, o Acre sediou ontem, 27, o 1º Encontro de Governadores do Brasil pela Segurança e Controle das Fronteiras. O objetivo do evento era debater, dentre outras coisas, a criação de um Sistema Nacional de Segurança para combater o narcotráfico.
O governador Tião Viana, anfitrião do evento, reforçou a necessidade da união entre os Estados e a União para controlar o tráfico de drogas e, consequentemente, a criminalidade no país. Ele lembrou que, atualmente, o Brasil ocupa a segunda posição no ranking de consumidores de drogas do mundo.
“Não interessa aos governadores do Brasil e ao Governo Federal encontrar culpados, mas sim encontrar caminhos e soluções. Precisamos de união entre a Federação e o poder central da República para mudar essa situação. Há 23 anos o Brasil era o centésimo consumidor de drogas do mundo. Hoje, somos o segundo. Temos uma situação que interessa a todos, portanto, reitero a importância de nos unirmos nessa causa”, frisou.
Viana propôs a criação do Sistema Nacional de Segurança para combater o narcotráfico. Esse sistema, segundo o governador, seria integrado e funcionaria como um banco único de dados contendo informações do Judiciário, polícias investigativas, Institutos de Administração Penitenciária e Polícia Militar, englobando também a Agência Brasileira de Inteligência, além da Polícia Federal e Departamento Nacional de Trânsito (Detran). Isso, de acordo com a proposta, poderia criar ações de combate ao narcotráfico mais específicas.
A vice-governadora do Acre, Nazareth Lambert, pontuou que a responsabilidade de combater o tráfico de drogas é de todo o país e não somente dos estados fronteiriços. Ela disse ainda que o momento é de fortalecer a segurança nas fronteiras.
“Queremos ampliar para a discussão entre todos os governadores do Brasil. Esse é um momento grave da nossa sociedade em relação ao combate do narcotráfico. Precisamos tomar medidas exatas em relação ao controle das fronteiras, que não afeta somente os estados da Amazônia Legal, mas sim o Brasil como um todo”, afirmou.