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Ciosp registra mais de 30 roubos de veículos em outubro na Capital

 

Um levantamento do Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp) mostrou que, entre os dias 1º e 23 de outubro, foram registrados 31 roubos e furtos de veículos em Rio Branco. Do total, 27 são motocicletas e 4 carros. O número de veículos recuperados não foi informado.

O clima de insegurança tem assustado os rio-branquenses. Diariamente circulam nas redes sociais informações de veículos roubados que, em sua maioria, não são encontrados, segundo as próprias vítimas.

É o caso da jornalista Meyre Campos, de 28 anos, que teve a moto roubada no dia 27 de outubro de 2016. A motocicleta, modelo Factor 125, cor vermelha, foi levada do estacionamento da empresa em que ela trabalhava na época, no bairro Bosque, próximo à Praça do Juventos.

Campos conta que registrou um boletim de ocorrência, mas até hoje não teve nenhuma informação sobre seu veículo. “Fui na Defla, no pátio do Detran, e não tive nenhuma notícia a respeito. Eles informaram que quando encontram o veículo entram em contato com o proprietário, mas até agora nada. Não tenho mais esperança de encontrar. Ou desmontaram e venderam as peças ou não sei”.

Já a assessora Joelma Costa Dantas, 33 anos, moradora do bairro Rui Lino, afirma que em menos de dois anos foi assaltada nove vezes. A mais recente ocorreu no dia 23 de fevereiro deste ano, quando criminosos invadiram sua residência e roubaram seu carro, eletrodomésticos, dinheiro, entre outros.

“Estava em casa e tinha pedido uma pizza pra comer com minhas duas filhas. Entraram dois homens armados dizendo que era um assalto. Eles trancaram a gente no banheiro e levaram várias coisas no carro, como televisão, levaram tudo. Depois que trancaram a gente, apagaram as luzes, pegaram o carro e foram embora. Chamei a polícia, registrei B.O, e nunca mais.”

O veículo modelo Fiat Uno, cor preta, chegou a ser utilizado em outro assalto, porém não foi encontrado pela polícia, de acordo com a vítima. “Quando fui à delegacia tinha uma moça que tinha sido assaltada no bairro Primavera, e ela estava com o vídeo dos criminosos. Perguntei qual o carro que eles estavam e ela disse que era um Fiat Uno preto. Aí eu pedi pra olhar as imagens. De fato, era o meu carro. Essa foi a única informação que tive durante todo esse tempo”.

Indignada com a falta de segurança, Dantas conta que o carro era o único meio de transporte da família. “É uma sensação de impotência por que o carro me ajudava muito, era quitado. Eu deixava minhas filhas na escola. Hoje minha filha de doze anos vai sozinha, inclusive já foi assaltada depois que roubaram meu carro. É horrível”.

Diferente das demais vítimas, o enfermeiro Neto Leal, 27 anos, conseguiu recuperar o carro dele em menos de três horas. Na última quarta-feira, 18, o jovem foi abordado por um criminoso quando entrava na garagem de casa, localizada no Parque da Maternidade. O veículo foi encontrado abandonado no bairro Conquista.

“Era um rapaz de boa aparência e de cara limpa. Minha rua é muito movimentada, por isso eu deixo meu carro na contramão enquanto abro o portão. Quando retornei para o carro, ele atravessou a rua e me abordou, disse que era um assalto e que se eu reagisse me matava. Ele pegou o carro, deu ré, e outra pessoa estava esperando ele um pouco mais na frente.”

Após o crime, o enfermeiro mudou sua rotina de entrada e saída de casa. “Está sendo muito difícil porque onde eu moro o fluxo de veículos é muito grande. Agora, eu ligo pra minha mãe e aviso que estou chegando para ela abrir o portão. Pode acontecer de novo e eu estou sem saber o que fazer”, lamentou.

A reportagem tentou por meio da assessoria de imprensa falar com algum delegado da Polícia Civil do Acre sobre os números apresentados pelo Ciosp. Porém, até o fechamento desta edição não obteve retorno.

 

 

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