O deputado estadual Heitor Junior (PDT) voltou a destacar a importância da doação de órgãos e tecidos. Ele frisa que se houvesse mais sensibilidade por parte das famílias brasileiras a fila de transplante não seria extensa.
De acordo com o parlamentar, cerca de 50 portadores de hepatite estão atualmente na fila de transplantes. “Se esse fosse um assunto já bem resolvido, essas 50 pessoas já poderiam ter realizado o transplante e estariam agora comemorando uma nova fase de suas vidas, mas, infelizmente, não será assim. Já estão em fase terminal e eles não vão poder alcançar a misericórdia do Senhor, eles esperaram demais. Por isso a conscientização é tão importante”, disse.
Para Heitor, a falta de informação e o preconceito têm sido os principais motivos da falta de doadores. Ele disse ainda que no Acre a negação das famílias em doar os órgãos de seus familiares chega a 100%.
“A não autorização das famílias dificulta mais ainda esse processo. Aqui no Estado, a rejeição à doação de órgãos é de quase 100%. As pessoas ainda são muito desinformadas sobre esse processo. Se essas pessoas tivessem essa sensibilidade, nós, com certeza, zeraríamos a fila de transplante de fígado e de rins no Estado”, disse.
O pedetista lembra que existe um anteprojeto de lei de sua autoria que obriga o Estado a pagar as despesas funerárias de pessoas doadoras de órgãos. Segundo ele, o anteprojeto aprovado na Aleac é uma forma de incentivar a família a permitir a doação, tendo em vista que o número de doações é muito pequeno.
“Esse projeto não deixa de ser um incentivo, uma espécie de estímulo. Nós temos que tentar de tudo para poder conscientizar as pessoas da importância da doação de órgãos. O número de doação no Acre ainda é muito pequeno, essa realidade precisa mudar”, finalizou.