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Escola incendiada por aluno improvisa salas em casas cedidas pela comunidade

Os quase 100 estudantes da Escola Estadual Rural Vicente Brito de Sousa, no município de Feijó, devem retornar as aulas na próxima quarta-feira, 1º de novembro, segundo a coordenadora geral do Núcleo de Ensino da SEE-Ac da cidade, Cardoci Paiva Lima. As aulas serão ministradas em espaços alternativos escolhidos em parceria com a comunidade.

A unidade de ensino foi incendiado por um aluno de 14 anos após o professor ter chamado sua atenção por ele ter chegado atrasado em sala de aula. O crime ocorreu na madrugada de sábado, 21. O prédio teve perda total e as chamas destruíram todo o material didático, merenda, computadores e outros objetos.

“São dois espaços cedidos pela comunidade que estarão atendendo esses alunos. São espaços particulares, casas de família com ambientes grandes que ficarão a nossa disposição”.

Segundo a coordenadora, a Secretaria de Educação e Esporte (SEE) já contratou uma empresa para reconstruir o prédio. As obras devem começar ainda esta semana, e a previsão para entrega da escola é de 20 dias, afirma Lima. O valor do recurso investido na obra não foi informado.

“O ano letivo segue normalmente. Tivemos esse intervalo de mais ou menos uma semana, que é o período que a secretaria necessita para reorganizar a questão de imobiliário, material didático e pedagógico, já que tudo foi consumido pelo fogo”, explica.

O estudante que faz o 8º ano do Ensino Fundamental será encaminhado para o Centro Socioeducativo de Feijó, onde deve continuar recebendo aulas e acompanhamento pedagógico.

Sobre o suposto comportamento “problemático” do adolescente, a coordenadora esclarece que ele era apenas um aluno “agitado” e “rebelde” em sala de aula. Ela enfatiza que ele não recebia acompanhamento pedagógico diferenciado.

“Ele recebia acompanhamento como todos os outros alunos. Segundo os professores, ele tinha um comportamento agitado dentro da sala, mas nada que viesse a causar tamanho dano. Ele alega que teve essa atitude por que foi chamado atenção pelo professor, mas nós não tivemos oportunidade de conversar com o professor”.

De acordo com a polícia, o menor teve a ajuda de Carlos da Luz Ribeiro, de 19 anos, que foi encaminhado para o presídio.

 

 

 

A Gazeta do Acre: