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Hospital Santa Juliana cancela cirurgias cardíacas por tempo indeterminado

 

O Hospital Santa Juliana, por meio de nota pública assinada pelo bispo Dom Joaquín Pertínez, informou que estão canceladas desde o dia 9 de outubro as cirurgias cardíacas no Hospital Santa Juliana. E o mais grave: sem previsão de data para voltar. A medida foi tomada após decisão unânime do Conselho Presbiterial da Diocese de Rio Branco.

Por ser o único hospital em todo o Estado habilitado para cirurgias de alta complexidade, o cancelamento do Santa Juliana implica em uma suspensão de cirurgias cardíacas no Acre. Além das cirurgias cardíacas, estão suspensas na unidade hospitalar exames de cintilografia, densitometria e litotripsia.

Sobre a nota, o secretário estadual de Saúde, Gemil Junior, informou À GAZETA que se trata de uma medida inaceitável e que, portanto, o governo pretende entrar com liminar contra a decisão da diocese. O gestor enfatizou que vidas estão em jogo devido ao cancelamento.

“Essa nota da Diocese foi emitida porque nós, da Secretaria, notificamos o Santa Juliana junto ao Ministério Público, porque eles não podem fazer isso. É proibido. Pessoas estão morrendo por causa da demora para realizar estes procedimentos”, ressaltou Gemil.

Sobre as acusações da Diocese contra a Sesacre, Gemil Junior desmentiu a alegação de que a Diocese estaria ‘financiando o Estado’. Segundo o secretário, tal discurso não se sustenta, pois a Diocese estaria recebendo em dia para a realização dos procedimentos do Tesouro Nacional e do Governo Federal.

O que gerou este impasse e o consequente corte das cirurgias, segundo Gemil Junior, é porque existe um contrato de produtividade para as cirurgias cardíacas. Recentemente, ele conta que e a Igreja propôs receber o valor integral destes recursos pelas cirurgias, sem descontos. O governo, porém, não concordou com tal proposta, justificando que o contrato, por ser de produtividade, impõe que o hospital receba pelos procedimentos cirúrgicos e exames que, de fato, tenha realizado.

Leia abaixo a nota da Diocese na íntegra:

A Gazeta do Acre: