O governador Tião Viana (PT) comentou, em entrevista coletiva na manhã de segunda-feira, 16, acerca do planejamento e as metas do Encontro de Governadores do Brasil pela Segurança e Controle das Fronteiras. O evento acontece no dia 27 de outubro, um dia depois da realização do 16º Fórum de Governadores da Amazônia Legal, também sediado no Acre.
Para Tião, é preciso com urgência debater medidas de combate ao narcotráfico nas fronteiras. Ele defende ainda a junção de forças entre os Estados e a União no sentido de se criar um plano nacional de segurança.
“É o momento de unir as inteligências estaduais com a da União e repartir recursos e conhecimento para criação de uma tática de enfrentamento mais eficaz contra os narcotraficantes. O narcotráfico é um negócio que rende, atualmente, bilhões. Só a cocaína movimentou aproximadamente R$ 5 bilhões em todo Brasil, e de maneira intributável. Não podemos ficar inertes a essa situação”, disse.
Ele lembrou ainda que cerca de 60 mil mortes foram registradas no país devido ao narcotráfico somente este ano. “Os Estados da Amazônia Legal gastam anualmente R$ 10 bilhões em segurança pública, ou seja, R$ 2 bilhões a mais que todos os outros estados na união, e, ainda assim, não encontramos uma solução definitiva para combater os traficantes. É hora de sentar, debater e realinhar novas políticas de Segurança Pública para sanar esse mal. Hoje estamos pior do que a Colômbia nos tempos de Pablo Escobar”, frisou.
Além da criação do Plano Nacional de Segurança, o governador sugeriu ainda melhorias no monitoramento das fronteiras. “Nós não temos um Raio-X disponível para evitar que traficantes passem nas fronteiras com cápsulas escondidas no corpo. Sou extremamente a favor da prisão perpétua para o narcotraficante, 30 anos de prisão sem regalias e nem relaxamento, porém também sou a favor do debate sem preconceito sobre o tema. É importante que a sociedade participe do debate. A palavra final precisa passar pelo crivo social”.
O governador afirmou que, além do presidente Michel Temer e dos presidentes do STF, Cármen Lúcia, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, e também os ministros da Segurança, Defesa Civil e o chefe das Forças Armadas, cerca de 24 governadores do Brasil já confirmaram presença. “Tivemos a confirmação também dos embaixadores da Alemanha, Peru e Bolívia, além do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia”, finalizou.