BRUNA LOPES
Após a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciar que a bandeira tarifária para o mês de dezembro será vermelha, mas no patamar 1, com o custo de R$ 3 a cada 100 kWh (quilowatts-hora) consumidos, associado ao reajuste de 2,65%, deixaram os acreanos inconformados com os valores cobrados.
O valor da conta de luz é uma preocupação constante na vida do gerente comercial, Julio Mesquita. “Tentamos economizar ao longo do mês de todo jeito. Mas, quando a fatura chega é sempre um susto. Ao saber do reajuste que estará valendo a partir de dezembro e ainda por cima que a bandeira será vermelha, não tenho a menor esperança de redução na minha fatura”, comentou.
Desde outubro, vigorava o patamar 2 na cobrança nas contas de luz, tarifa mais cara prevista na distribuição das bandeira e que implica a cobrança de taxa extra nas contas de luz de R$ 5 a cada 100 kWh consumidos, após reajuste anunciado em novembro.
A diarista Luana Souza disse que o aumento na tarifa vai influenciar diretamente no orçamento para o Natal. “Tomara que consiga trabalho o suficiente para a ceia e a conta de luz. Está tudo muito caro”, reclamou.
A mesma opinião tem a vendedora Vanessa Silva. “Pago mais de 150 reais de energia. Passo o dia fora de casa. O apartamento onde moro, não é grande e não tenho muitos eletrodomésticos. Já acho um absurdo pagar esse valor, imagina com mais esse reajuste”, falou.
De acordo com a agência, houve uma ligeira melhora na situação dos reservatórios das usinas hidrelétricas. A Aneel disse ainda que, embora não haja risco de desabastecimento, é preciso reforçar as medidas para evitar o desperdício de energia.
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015 pela Aneel como forma de recompor os gastos extras com a utilização de energia gerada por meio de usinas termelétricas, que é mais cara do que a de hidrelétricas. A cor da bandeira é impressa na conta de luz (vermelha, amarela ou verde) e indica o custo da energia em função das condições de geração de eletricidade.