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Reformas perversas

Sob intensos protestos dos trabalhadores e de outros segmentos da sociedade, passa a vigorar, a partir de hoje, a Reforma Trabalhista, proposta pelo Governo imposto pelo golpe parlamentar e aprovada pelo Congresso Nacional.
Considerando a modernização das relações entre patrões e empregados, até se compreenderia a necessidade de algumas mudanças pontuais na atual legislação, a chamada CLT, assim como em outros setores, cujas legislações datam da metade do século passado.
A questão é que as mudanças efetivadas com a Reforma Trabalhista, na sua quase totalidade, só favorecem os patrões ou empresas e em, praticamente, nada a classe trabalhadora. Uma dessas mudanças é a de que a nova legislação, com o chamado trabalho intermitente, extingue o vínculo empregatício e institucionalizará o chamado “bico”.
Outra consequência apontada pelos analistas é a de que a Justiça do Trabalho será sobrecarregada com demandas trabalhistas mais do que já está e, evidentemente, isso não é conveniente nem para o empregador nem para o trabalhador.
Por esses e outros aspectos, justificam-se os protestos da classe trabalhadora e não é a toa que esse Governo conseguiu bater o recorde de rejeição de mais de 90% da sociedade, além de outras reformas perversas que ainda virão como a da Previdência.

A Gazeta do Acre: