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Nem tão calmo

Em um dia desses aventurei-me a encontrar alguns colegas de profissão por quem tenho admiração, mas pouco nos encontramos pela correria dos trabalhos. Um dos assuntos que eu trouxe à tona foi a respeito de acusações de plágio que um rapaz da agência governamental me acusou de fazer plágio na rede social dele.
Penso duas coisas. A primeira é que desde os tempos de colégio, nunca fui nem de curtir a extração de trabalhos prontos como do site Zé Moleza, nunca o fiz nos tempos de faculdade e como representante de entidade de profissionais, jamais poderia incentivar tal ato.
Essa acusação eu vi e fiquei me imaginando, como as pessoas são engraçadas, quando ele precisou de mim foi todo humilde e até demonstrou querer ser meu amigo. Mas como mal da maioria das pessoas de minha profissão, deduzir as coisas como se fossem e disseminar um erro mentiroso, e não ter a capacidade de admitir que errou.
Esse mesmo rapaz viu meu nome em um site, veículo esse que eu escrevia como colaboração com meus artigos. O dono do site tem um carinho por meu trabalho, sempre dava destaque aos meus textos. Numa dessas veiculações, o proprietário utilizou uma matéria governamental e não deu os devidos créditos, o que aconteceu? O rapaz do governo espalhou que eu era dono do site, que eu não o representava e não tinha moral condições de assumir uma entidade.
Ele reconheceu o erro? Não, optou por se fazer de “morto”. Mas estou tranquilo, o mundo da voltas e um dia quem sabe ele possa voltar a precisar de minha pessoa. Até lá torço para que tenha terminado o curso de comunicação. E a segunda foi quando assumi a minha entidade sindical, onde o outro concorrente espalhou a mesma história, de que eu plagiava os textos dos colegas. No jornalismo isso é uma das acusações mais forte que podemos ofender um profissional.
O mundo girou, os dias passaram e dois anos depois de ter assumido, ajudei o meu ex concorrente a conseguir receber todos os seus direitos trabalhistas e com correção, uma vez que a empresa que o desligou estava dando um “leve erro” de três mil reais. Coisa pouca né?! Ele me agradeceu o apoio e empenho, assim como também pediu desculpas. Mas como correr atrás do prejuízo que ambos os colegas me causaram?
Esse é um momento que lembra aquela historia, onde um homem fofoqueiro espalhou mentiras sobre o vizinho e o juiz determinou que em um dia ele rasgasse a folha de papel aos poucos e fosse soltando na rua. No dia seguinte o juiz determinou que ele recolhesse todos os pedaços. E o homem argumentou que não poderia, pois o vento havia levado mais adiante os pedaços. Categoricamente o juiz disse que uma mentira ou boatos são como o vento que leva os pedaços de papel e não se sabe a dimensão de onde irá para.
O conselho que dou para pessoas de minha profissão e das demais é que aprendam a buscar a verdade sobre os fatos antes de expressar uma opinião. Pois o próximo a ser levado ao juiz poderá ser você. E eu posso não ter mais tanta paciência como no inicio. Fica a dica!

“…Foi chegando sorrateiro, e antes que eu dissesse

não, se instalou feito um posseiro, dentro do meu coração…”

A Gazeta do Acre: