As comemorações dos 80 anos da Academia Acreana de Letras (AAL) começaram na última terça-feira, 14, com uma solenidade realizada no salão nobre do Centro Cultural do Tribunal de Justiça do Estado do Acre (TJ/AC). Na ocasião, a presidente do TJ/AC, a desembargadora Drª. Denise Castelo Bonfim, e o jornalista Silvio Martinello, foram homenageados com o diploma de membro honorário por serviços prestados à AAL.
A Academia completa oito décadas de fundação na sexta-feira, 17 de novembro, data que coincide com a assinatura do Tratado de Petrópolis, que resultou na entrega do território do Acre ao Brasil.
Registrada em 1938 e tornada utilidade pública em 1967, a Academia é constituída por 40 cadeiras de fundadores e respectivos titulares, além de membros correspondentes, honorários, beneméritos e mantenedores. Sua finalidade, segundo os próprios membros, é cultivar a Língua Portuguesa e as produções literárias.
Em oitenta anos de história, a AAL teve somente seis presidentes: Amanajós de Alcântara Vilhena de Araújo (1937), Paulo de Menezes Bentes (1938/67), Omar Sabino de Paula (1967/88), Mauro DÀvila Modesto (1988/96), Clodomir Monteiro da Silva (1996/2014) e, desde 2014, a AAL é presidida pela professora doutora Luísa Galvão Lessa Karlberg, sendo a primeira mulher a presidir a entidade.
A vice-prefeita do Município, Socorro Nery, participou da cerimônia e elogiou o trabalho feito durante a gestão de Karlberg. “Cada um dos senhores que compõe a AAL honram a todos nós. Não há dúvidas que todos aqui hoje estão com o coração feliz de participar dessa homenagem. A vida literária é o que de fato dá sentindo à vida humana”.
Durante seu discurso, a presidente da Academia lembra que a Língua Portuguesa é um idioma composto por língua neolatina, grega, asiática e americana. “Os inventos verbais dessa língua que peregrinam pela Península Ibérica, África, Ásia, América, trazem a chancela natural da transgressão”.
Karlberg enfatiza a necessidade de um novo olhar sob as Academias de Letras de todo o país, com o intuito de vencer o individualismo, o liberalismo e o pernicioso relativismo. “O conjunto de características humanas, que não são inatas e que se preservam ou se aprimoram por intermédio da comunicação e cooperação entre os indivíduos e a sociedade, constituem a cultura que modela a cultura e hierarquias ou juízos de valor são das normas e princípios dos padrões sociais que nela são privilegiadas”.
Dando continuidade às comemorações, a Assembleia Legislativa do Estado do Acre (Aleac) realizará, no próximo dia 23 de novembro, uma sessão plenária homenageando a AAL.
Atualmente a A.A.L. conta com os seguintes membros: Álvaro Sobralino de Albuquerque Neto; Arquilau de Castro Melo; Carlos Alberto Alves de Sousa; Clara Elisabete Bader; Claudemir Carvalho de Mesquita; Dalmir Rodrigues Ferreira; Edir Marques de Oliveira; Edson Ferreira de Carvalho; Eduardo de Araújo Carneiro; Francisco Gregório Filho; Francisco de Moura Pinheiro; Francis Mary Alves de Lima; Florentina Esteves; Glória Maria Ferrante Peres; Gilberto Braga de Melo; Iris Célia Cabanellas Zanini; José do Carmo Carile; João Crescêncio de Santana; Jorge Tufic; José Dourado de Sousa; Jorge Araken Farias da Silva; Luisa Galvão Lessa Karlberg (Presidente); Mário Lima Brasil; Margarete Edul Prado; Maria da Glória Oliveira; Maria José Bezerra; Mauro D’Ávila Modesto; Moisés Diniz Lima; Naylor George; Olinda Batista Assmar; Reginâmio Bonifácio; Renã Leite Pontes; Robélia Fernandes de Sousa; Sílvio Martinello.