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Alta nos combustíveis aperta o orçamento dos acreanos

 

A notícia de mais um reajuste nos combustíveis já quase não surpreende mais os acreanos. O aumento foi autorizado pela Petrobras e começou a valer na última terça-feira, 6. Desta vez, os novos valores subiram 2,3% para a gasolina e de 1,9% para o diesel nas suas refinarias.

Já o repasse ou não do aumento para o consumidor final depende dos postos de combustíveis. Na semana passada, o valor dos combustíveis nas bombas voltou a subir, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP).

O Sindicato dos Postos de Combustíveis do Acre considerou a nova medida da Petrobrás preocupante. A principal responsável pelo aumento é a alta carga tributária que incide sobre os combustíveis. Para o sindicato, os revendedores não têm alternativa a não ser repassar os aumentos ao consumidor.

A entidade também explicou que a decisão sobre repassar o reajuste ao consumidor ocorre apenas no momento da compra de novos produtos junto às distribuidoras.

Em apenas um mês, o preço da gasolina nas refinarias já acumula aumento de 9%. E, para quem mora no Estado com a gasolina mais cara do país, como é o caso do Acre, a situação está ficando “insustentável”, alegou o taxista Álvaro Maciel, que tem sentido no bolso os sucessivos reajustes.

“Como profissionais, dependemos do combustível para trabalhar. Por isso, ficamos reféns. Muitas vezes tomamos para si o reajuste para evitar espantar a clientela. Mas, com tantos aumentos, a situação fica insustentável”, declarou o profissional.

Já o representante comercial José Lima disse que tinha um carro, mas o consumo ficou demais para o orçamento familiar. Então, ele preferiu vender o veículo e comprar uma moto. “Foi a forma que encontrei de economizar. Abri mão do conforto do carro. Mas não dava para manter”, esclareceu ele.

Para justificar o aumento, a Petrobras alega uma depreciação do valor do real frente ao dólar e a alta das cotações dos produtos e do petróleo no mercado exterior, influenciado pela geopolítica internacional, bem como pela continuidade da política de contenção da oferta pela Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep).

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