O clima esquentou entre os deputados Daniel Zen (PT) e Gehlen Diniz (PP) na sessão de ontem, 29, na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac). O motivo: as críticas do oposicionista à chapa da PFA na disputa ao governo do Estado em 2018.
Diniz disse que o prefeito Marcus Alexandre (PT) não estaria apto a governar o Acre, uma vez que estaria sendo investigado pela Polícia Federal num suposto esquema que desviou mais de R$ 700 milhões de recursos destinados à pavimentação da BR e recuperação de ramais. “Quem é levado pela Polícia Federal sob suspeita de um desvio dessa monta, não tem moral para querer governar o Estado”.
O parlamentar criticou ainda a gestão de Emylson Farias à frente da Secretaria de Segurança. “Não consegue gerir uma secretaria, avalie um Estado. Nenhum desses dois possui condições de administrar o Acre”.
Irritado com as declarações do deputado da oposição, o líder do governo questionou o senso de justiça do colega ao lembrar que não existe nenhuma condenação contra o prefeito.
“Eu sempre defendi algo para os meus aliados, que defendo para os meus opositores, que é o estado democrático de direito. Sempre saliento que é necessário levar em consideração o Princípio da Presunção da Inocência, Ampla Defesa e o Devido Processo Legal. Eu, por exemplo, nunca vim à tribuna desta Casa para levantar leviandade contra o ex-prefeito de Brasileia, Everaldo Gomes, que está preso e respondendo processo. Nunca subi aqui para levantar falso contra o senador Gladson Cameli, quando foi citado como um dos possíveis envolvidos na Lava Jato”.
Zen pontuou ainda que o oposicionista é que não teria moral para falar de Marcus Alexandre e Emylson Farias. “Aí vem um bonitão da bala chita, querendo ser o paladino da moralidade, o todo gostoso, deputado de Sena Madureira, querer cagar regra e cagar goma em cima dessa tribuna”.
Disse mais: “Vá para China, rapaz. Vá dar lição de moral lá na sua câmara de vereadores. Volta para o buraco de onde tu veio, que tu não tem envergadura moral para falar nada daqui não, do Marcus Alexandre ou de quem quer seja de nós. Se quiser eu provo que não tem. Eu não quero não, mas se provocar, eu provo que não tem. Está dado o recado, muito obrigado”, finalizou.
Fora do plenário, o progressista desafiou o colega de parlamento a provar que ele não é uma pessoa idônea. “Eu não tenho moral? Quero que ele prove o que diz!”, disse Gehlen Diniz.