O senador Gladson Cameli (Progressistas) liderou durante toda segunda-feira, 6, uma caravana de empresários da Associação Comercial do Acre (Acisa) em mais uma vistoria nas obras da ponte sobre o Rio Madeira. Cerca de 50 empresários, participaram da visita técnica no Distrito do Abunã, em Rondônia.
Com 57% de avanço nas obras de artes concluídas até dezembro deste ano a garantia é que 70% do projeto estejam terminados. Os outros 30% serão finalizados em 2018. O senador voltou a garantir os recursos necessários para o cronograma estabelecido.
“Não existiu nenhum corte de orçamento para esta obra, pelo contrário, existe dinheiro empenhado até o início do próximo ano quando chegaremos à aplicação de R$ 101 milhões de execução físico-financeiro”, destacou Gladson.
Cameli garantiu que essa semana estará no Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit), em Brasília, solicitando apoio ao projeto de acesso as duas cabeceiras da ponte. Estudos técnicos estão sendo realizados para liberação do empenho. Segundo Cleyder Razzini, engenheiro civil responsável pela obra, o projeto original teve que ser readequado.
“Embora seja o mesmo rio, as características de uma margem para outra são totalmente diferentes. Inicialmente estava previsto um vão de 170 metros, agora serão dois vãos de 170 metros, cada um, exatamente para dar vasão ao volume dos balseiros. Foi necessário fazer arcos maiores para dar essa fluidez”, disse Razzini.
O senador destacou a modalidade de licitação, o Regime Diferenciado de Contratação Integrada (RDCI), que permite as correções nos gargalos que surgem em uma construção complexa como a da ponte sobre o Rio Madeira sem que a obra paralisasse.
A parte mais crítica dos serviços está prevista para encerrar em dezembro, que é exatamente o vão central da ponte. Ainda de acordo o engenheiro responsável, a fundação central atinge nesta época do ano, 30 metros de profundidade. Thiago Caetano, Superintendente do Dnit, no Acre, explicou que a partir de janeiro os serviços restantes serão fora d’água.
“Nessa fase não haverá mais risco mais de atrasar a obra. O cronograma ainda assim vem sendo mantido de forma que com as garantias de recursos, todos nós estamos muito tranquilos e seguros de inaugurar essa ponte em 2018”, disse Caetano.
Para Celestino Bento, presidente da Associação Comercial do Acre (Acisa), toda população do Acre anseia pela conclusão da ponte, que é fundamental para uma economia mais dinâmica. Facilitar a logística de transporte é uma das defesas da instituição para o fortalecimento do comércio.
“A convite do senador Gladson Cameli, viemos ver de perto como andam os trabalhos, e saber qual a previsão da conclusão. Saímos daqui muito satisfeitos, uma vez que a Acisa preza por uma economia mais dinâmica em nosso estado e não vê a hora da conclusão desta ponte que é de fundamental importância para facilitar o transporte de mercadorias e fortalecer nossa economia”, disse Celestino.
Osvaldo Xavier Dias, empresário do setor de logística que acompanhou a caravana, lembrou que na década de 60 era impossível se falar em uma ponte na região. Para ele, quem opera com transportes terá redução de preços e segurança no que está fazendo.
“As operações serão mais curtas, e mais que isso, o sonho da integração e do desenvolvimento. Essa ponte concluída vai atrair novos investidores. O Acre e Rondônia, todos estão de parabéns por essa obra”, disse o empresário.
Dados técnicos:
R$ 86 milhões dos serviços medidos já foram pagos à empresa, que gera cerca de 140 empregos diretos. O total do projeto, até a conclusão da ponte, será de R$ 148 milhões. Com duas pistas de 14,5 e faixa de pedestre, a ponte sobre o Rio Madeira terá 3.840 metros de extensão com os aterros das cabeceiras. Desse total, 1.084 são obras de artes.