O número de mortes no trânsito no Acre reduziu 17% em um ano, segundo estudo feito pela Ambev e FALCONI Consultores de Resultado. Ao todo, foram registrados 115 óbitos em decorrência de acidentes nas vias acreanas em 2015. Os motociclistas são as principais vítimas com 53% dos casos, seguido pelos pedestres (23%), motoristas (14%) e, por fim, caminhões e ônibus com os 12% restantes.
O Acre é o segundo estado do Brasil com menos mortes no trânsito, ficando atrás apenas do Amapá, que lidera o ranking com apenas 93 mortes. O índice de óbitos por 10 mil habitantes é menor que a média nacional, com 14,3. No país, este indicador é de 19,2 em 2015, o melhor resultado desde 2004, de acordo com a pesquisa.
A região Sudeste apresenta o maior número de fatalidades, com 13.141 em 2015. O Nordeste vem em seguida, com 12.397 mortes, a Sul fica em terceiro lugar com pouco mais de 6 mil mortes. O ranking termina com o Centro-Oeste e, por último o Norte com 3.627 óbitos.
São Paulo é a cidade com maior número de mortes no trânsito, seguida por Fortaleza, Rio de Janeiro, Recife, Brasília, Teresina, Goiânia, Belo Horizonte, Salvador e Manaus.
Com relação ao perfil mais vulnerável à insegurança viária, os motociclistas permanecem no topo do ranking representando 39% das vítimas fatais. O número de vítimas quase dobrou em uma década, sendo que em 2004 o índice estava em 23%. Em seguida aparecem os usuários de automóveis (31%), pedestres (23%), bicicletas (4%) e caminhões e ônibus (3%).
No geral, o número absoluto de mortes também melhorou e diminuiu 16% de 2010, ano em que o Brasil aderiu à Década de Segurança no Trânsito da ONU, a 2015. No mesmo período todas as regiões brasileiras mostraram redução no número de fatalidades.
Apesar de os dados mostrarem uma evolução do quadro nacional, a situação ainda é preocupante. Segundo o relatório, os acidentes de trânsito já são a segunda causa de morte não natural no país. Em 2015, 39.333 pessoas perderam a vida e outras 203. 853 ficaram feridas no trânsito.
“Os dados refletem a importância da segurança no trânsito e devem nortear a conscientização de órgãos públicos e dos motoristas sobre dirigir com segurança. A FALCONI entende que este levantamento é o primeiro passo para construirmos um trânsito mais seguro e, consequentemente, uma sociedade melhor”, afirmou Luis Roma, Consultor Líder de Projetos da FALCONI.
Somente em 2015 foram gastos R$ 19 bilhões com óbitos e feridos no trânsito, no Brasil. Com esse recurso seria possível comprar mais de 145 mil ambulâncias, por exemplo, cujo custo médio é estimado em R$ 130 mil.
O levantamento apresenta um panorama completo sobre a situação viária nacional, com as informações mais atualizadas disponíveis, obtidas por meio do cruzamento de dados da Associação Nacional dos Transportes Públicos (ANTP), da Confederação do Transporte (CNT), do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus), do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Segurança viária defendida pela Ambev
Pensando em contribuir com a segurança viária, a Ambev promove campanhas de conscientização em prol do consumo inteligente de seus produtos, sobretudo no combate ao consumo de álcool associado à direção. A cervejaria lidera a iniciativa com agentes privados, públicos e do setor.
“Nós buscamos ser parte da solução do problema. A segurança viária é uma causa que defendemos há anos com campanhas de conscientização e combate à associação entre álcool e direção. O desenvolvimento do Retrato é um passo importante nesse trabalho, oferecendo as informações necessárias para o planejamento de políticas públicas efetivas para a melhora desse cenário”, explica Mariana Pimenta, gerente de relações corporativas da Ambev.
Levantamento 2017
Acompanhando os índices anteriores, o Departamento Estadual de Trânsito do Acre (Detran/Ac) registrou queda de 11% no número de acidentes de trânsito sem vítimas fatais entre janeiro e julho deste ano, se comparado ao mesmo período de 2016. Este último levantamento foi divulgado em agosto.