O diretor do Departamento de Assistência Farmacêutica do Ministério da Saúde, Emmanuel Carneiro informou que vai realizar uma compra emergencial de um medicamento que evita a rejeição de órgãos transplantados para pacientes do Acre. A informação é do deputado estadual Heitor Júnior (PDT), que procurou o MS em Brasília após várias denúncias de pacientes que estariam correndo risco de perder o órgão transplantado no Estado.
O MS deverá destinar o Micofenolato de Sódio de 360 nos próximos dias ao Estado. “Procuramos a pasta para garantir que todo o esforço na realização das cirurgias de transplantes de órgãos no nosso estado não seja jogado por terra. Recebemos a segurança que será realizada uma compra emergencial para suprir a necessidade de nossos pacientes que estão aflitos com a falta do remédio”, diz Heitor Júnior.
A falta de medicamentos para pacientes de hemodiálise e transplantados renais na rede pública de Saúde do Acre foi denunciada no início desta semana, ao Ministério Público Federal por pacientes que se dizem prejudicados pelo descaso do Estado. O documento foi encaminhado ao procurador-chefe do MPF no Acre, Ricardo Alexandre Lago. Os pacientes denunciam a falta de micofelanato de sódio de 360 MG.
Segundo Vanderli Ferreira, que é o presidente da Associação dos Renais Crônicos e Transplantados (Apartac) “há ainda relato de que pacientes estão perdendo seus órgãos transplantados por falta de medicamentos; unidade de Nefrologia superlotada e operando no limite e “órgãos perdidos e estragados por falta de solução e medicamentos”. Ele reclama ainda da falta de sacarato de ferro.
“Fui procurado pelos membros da Apartac e Associação dos Portadores de Hepatites do Acre (APHAC) que apresentaram a preocupação com a falta de medicamentos. Solicitei uma audiência com o senador Jorge Viana que também apoiou nossa causa, tendo em vista a necessidade desse medicamento. Durante uma reunião no Ministério da Saúde garantimos esta compra emergencial”, destaca Heitor Júnior.
Ele destaca ainda que o representante do MS manifestou a preocupação em manter o fornecimento do medicamento de acordo com a demanda dos pacientes do Estado e que deverá regularizar o abastecimento, evitando que os transplantados corram risco de perder os órgãos ou tenham que passar dificuldades para comprar o medicamento na rede particular para continuar o tratamento contra a rejeição. (Portal AC24horas)