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O destino certo

Os tempos são de crise, de desemprego, de baixa geração de renda e apertos. Mas, em meio a todo o cenário desfavorável, eis que surgem algumas iniciativas no Acre que dão esperança de dias melhores que estão por vir. Uma delas foi o anúncio da chegada das Usinas INER.
O sistema vai investir no Estado cerca de R$ 250 milhões, gerando aproximadamente 2.520 empregos. Serão construídas nove usinas de reciclagem, três localizadas na Capital e seis nos municípios do interior. Será uma para cada 100 mil habitantes. Essas primeiras usinas se chamarão Centro de Triagem e Transbordo (CTTs), e, caso a implantação do projeto seja favorável, mais usinas poderão ser instaladas, chegando ao total de 10 no Acre.
As usinas são mais uma grande oportunidade de negócio batendo à porta dos acreanos. E uma oportunidade bastante consolidada, já que a sua implantadora, a Confederação Elo Brasil Social, já atua nesse ramo há mais de 10 anos, com unidades espalhadas por todo o país.
As obras das usinas levarão de 5 a 8 meses para ficar prontas, e devem ser administradas não pelo setor público, mas sim pelo privado. Isto é, o empreendimento não será suscetível da montanha russa de poucos altos e muitos baixos que só a nossa política nos proporciona.
Temos, sim, problemas com nosso lixo. Não sabemos lidar muito bem com ele, muito menos lucrar em cima dele. O sistema INER, além de trazer toda o reforço de geração de emprego e renda, traz uma filosofia de negócio de “revolução na coleta do lixo”. Sua fonte de riqueza vem da reciclagem de tudo aquilo que foi descartado, ou seja, sua matéria-prima é de graça.
Em outras palavras, precisamos das usinas INER. Sua chegada preenche duas necessidades dos acreanos: 1. Mais oportunidades de empregos (2.520 vagas); e 2. Um modelo de negócio com base na reciclagem para dar ao nosso lixo a destinação mais adequada. Sendo assim, devemos ser receptivos a esse empreendimento. Esquecer o cenário adverso, e extrair com bons olhos às chances de mercado trazidas por ele. Caso contrário, ficaremos para sempre estagnados nos mesmos segmentos econômicos cíclicos, primando pelo sucesso exclusivo da pecuária, inertes no conformismo de que o Acre não produz nada, e endeusando concursos públicos.

“As usinas são uma grande oportunidade de negócio batendo à porta dos acreanos”

A Gazeta do Acre: