Após sete meses de funcionamento, o bloqueador de celulares instalados no presídio Francisco de Oliveira Conde, em Rio Branco, foi alvo de vandalismo por parte de um grupo de detentos, na manhã desta segunda-feira, 18. A ação ocorreu quando os presos do pavilhão K invadiram o banho de sol dos detentos do pavilhão L.
Para atingir o aparelho, os detentos utilizaram pedras, aponta a direção do Instituto de Penitenciária do Acre (Iapen-AC). Por outro lado, o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Acre (Sindapen), Lucas Bolzoni, contou que foram encontrados cartuchos calibre 36 no pátio onde ocorreu a ação.
“Começaram a atirar pedras no PM que faz a guarda na muralha, enquanto um grupo jogava pedras o outro atirava nos bloqueadores de celular”, detalhou o presidente.
Os detentos foram identificados e devem responder por dano ao patrimônio público, afirmou a direção do Iapen.
Outra ação suspeita ocorreu durante a madrugada, de acordo com o sindicalista. Os agentes penitenciários perseguiram um carro que estava rondando o presídio. Para o presidente, a ação desta manhã pode ter ligação com o fato da noite.
“A intenção deles é acabar com os bloqueadores de celular. Tinha um carro rondando o presídio de noite. Uma das nossas viaturas fez a abordagem, os indivíduos fugiram e abandonaram o carro”, confirmou Lucas.
Em maio deste ano, os bloqueadores de sistema de celulares dentro do Complexo Prisional Francisco d’Oliveira Conde (FOC) e na unidade de segurança máxima Antônio Amaro em Rio Branco passaram a funcionar. De acordo com o governo do Estado, foram investidos R$ 2 milhões provenientes do Fundo Penitenciário Nacional da verba de R$ 30 milhões.