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Fieac e instituições parceiras apresentam plano de ação para 2018 consolidando o comércio acreano com o Peru e Bolívia

 

O comitê Gestor do Plano Acreano da Cultura Exportadora que envolve a Federação das Indústrias do Estado (Fieac) e outras instituições apresentaram o Plano de Ação para 2018 que tem o objetivo de consolidar a exportação e importação de produtos pelos países andinos como Peru e Bolívia tendo como ponto de chegada e saída o Acre.

Na ocasião, o comitê avaliou as ações realizadas em 2017. Entre as diversas atividades realizadas em 2017, o Comitê promoveu encontros internacionais com empresários e lideranças do Acre, da Bolívia e do Peru, coordenou visitas técnicas nas alfândegas localizadas em regiões de fronteira e também em obras consideradas estratégicas para favorecer o corredor de exportações, além de cobrar ações dos governos para alguns dos entraves que prejudicam a consolidação das exportações e importações.

O gestor responsável do Escritório Comercial do Peru no Brasil, Victor Hugo Rondón, falou dos números positivos obtidos apenas em 2017. Os produtos mais importados do Peru para o Acre são: Farinha de trigo, macarrão, alho fresco, cebola, especiarias, uvas, quinoa, maça e linhaça.

“O ano ainda nem fechou e já conseguimos superar as exportações feitas do Peru para o Acre em 20%. Além disso, o Acre já exportou ao Peru mais de 12% em comparação ao ano passado. Estamos, ainda, por fechar dezembro, então, os números podem ser ainda maiores”, avaliou Rondón.

Esse comércio está em via de grande desenvolvimento principalmente para os próximos dois anos, visto que as portas estão abertas para exportação da carne suína para o Peru e o país está com novas tendências de exportação relacionadas a materiais de construção e alimentos, estima o gestor.

A burocracia existente no Brasil foi reduzida após reunir todas as entidades relacionadas ao comércio exterior. “Mas, queremos ressaltar que ainda existem impasses no âmbito federal que não nos permite superar isso. Como, por exemplo, as questões das greves e paralisações que atingem a fronteira federal”, destacou Rondón.

O presidente da Fieac, José Adriano Ribeiro da Silva, afirma ser positiva essa relação comercial e comemora os números apresentados por Victor Hugo Rondón.

“Muito positivo, até porque nos últimos três anos tivemos uma oscilação desse comércio exterior. Aí notamos que havia a necessidade de fazer o incremento dessas discussões e ter de fato um plano que trabalhasse de forma organizada para retomar o crescimento. E aí nós temos uma grata surpresa de ter hoje uma movimentação bem superior ao que ocorrer em anos anteriores, mas ainda está muito longe do que a gente quer e do que podemos fazer”, falou o presidente.

Essa relação com os países andinos é de vital importância para a indústria acreana, sobretudo, nesse momento em que há uma dependência muito grande de recurso do Governo Federal e essa relação pode projetar o setor privado a nível internacional, dando mais segurança de emprego e investimentos, avaliou José Adriano.

“Temos uma preocupação muito grande devido ao compromisso de entregar os resultados de eventos que nós fazemos. Até o momento, e eu acredito que até por conta das mudanças ocorrida no Governo Federal, não tivemos uma resposta contundente sobre os problemas que apresentamos. Como, por exemplo, desde a questão estruturante do ponto de vista das instalações da alfandega até mesmo de pessoal”, contou o presidente da Fieac. “Porque à medida que ocorrem avanços com o comércio exterior, já era para se ter um olhar mais preciso e mais forte do Governo Federal para melhorar as situações que encontramos na nossa fronteira”, lamenta José Adriano.

“Temos inúmeros produtos, alguns em maior escala como a madeira e a castanha que tem maior potencial de exportação. E ainda a crescente comercialização de gado bovino. Além disso, Rondônia tem atravessado o Acre e causado um aumento no volume de vendas. Então, é o Brasil passando pelo Acre e aumentando o eco do investimento feito nessa rodovia. Estamos bem na ponta fazendo esse enfrentamento da questão burocrática e de legislação”, concluiu o presidente.

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