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Governo nega fechamento do colégio CEBRB, mas confirma redução do número de turmas

 

Um documento assinado por um grupo de professores, contrariados com o fechamento de turmas no Colégio Barão do Rio Branco (CEBRB) já para o ano letivo de 2018, foi amplamente divulgado nas redes sociais. Isso causou bastante polêmica, principalmente, entre os ex-alunos da escola.

De acordo com o documento, a medida adotada pela Secretaria Estadual de Educação (SEE/AC) tem a finalidade de, nos próximos anos, fechar a escola. Tal informação foi negada pelo porta voz do governo, Leonildo Rosas.

De acordo com ele, há alguns anos a SEE está tentando diminuir o número de turmas por turno, haja vista que já tiveram 24 salas em funcionamento. Atualmente são 20, e a meta é adequar a uma escola padrão, que seriam 12 turmas por turno.

“Este ano ficaríamos com 14 salas. Além disso, não há previsão de fechamento. Seria um reordenamento proposto pela Secretaria de Educação. E, para facilitar essa adequação, foi aberto o Ensino Médio em cinco escolas, dentre elas o Colégio Acreano, Diogo Feijó e Carlos Vasconcelos, que estavam com salas ociosas”, detalhou Rosas.

O porta voz destacou que os alunos das escolas que iriam ser encaminhados para o CEBRB, e que agora vão continuar nas suas escolas, aprovaram a mudança. E garantiu que se houver necessidade, serão abertas quantas salas forem necessárias no CEBRB. “A SEE está dialogando com a equipe das escolas e pactuando o reordenamento”, concluiu.

Os professores no documento afirmam que a SEE/AC alegou dificuldade na administração de uma escola grande. “Dessa forma, pretendem simplificar um problema que é ocasionado por um conjunto de fatores, buscando uma fórmula mágica para solucioná-lo ao invés de encarar com seriedade a realidade, não só do CEBRB, mas de todas as escolas públicas do Estado”, diz trecho do manifesto.

No documento, as consequências da medida também são criticadas. “Para se ter uma ideia do quadro, a demanda por matrículas no CEBRB já é muito grande com as turmas existentes atualmente! A diminuição das referidas turmas só agravará esse problema; professores que têm uma vida inteira de dedicação na escola correm o risco de ser remanejados devido ao grande número de turmas que precisam para fechar sua carga horária. O mesmo ocorrerá com o quadro de funcionários, pois, com tal medida, buscam reduzir ainda mais um número que já não é adequado”.

O documento é finalizado com um pedido. “Diante de tudo que foi exposto aqui, viemos pedir o vosso apoio para não permitirmos que tal medida seja tomada. Sabemos da importância e do valor histórico do Colégio Estadual Barão do Rio Branco e não podemos permitir que ele seja diminuído”.

História CEBRB – Construído em 1934, em madeira, teve como primeiro nome, Escola Normal de Rio Branco. Em 1º de junho de 1942, foi instituída a Escola Normal Lourenço Filho. Em 1946 serviu como sede da Secretaria de Educação e Cultura do Território do Acre.

Ainda 1946, foi construído o prédio do atual CEBRB, para funcionamento provisório, primeiramente da Secretaria de Educação e Cultura, e só em 1958 é que passou a funcionar a Escola Normal Lourenço Filho, com objetivo de preparar o professorado primário do primeiro Território do Acre, bem como, cursos de revisão e aperfeiçoamento para o Magistério Público.

Em 1974, passou a chamar-se Complexo Escolar de Ensino Médio (Ceseme), que instituiu cursos profissionalizantes. O Ceseme teve como seu primeiro Diretor o Professor Elias Mansour Simão Filho. Em 23 de maio de 1989, formalizou-se novamente uma nova reestruturação do Ceseme, transformando-o em Colégio Estadual Rio Branco – CERB, que teve como primeiro Diretor o Professor João Luiz da Costa.

Em 22 de abril de 2002, o Governador do Estado do Acre, resolve alterar a denominação do Colégio Estadual Rio Branco (CERB), para Colégio Estadual Barão do Rio Branco (CEBRB) que, através da Secretaria de Estado de Educação, foi entregue aos acreanos, uma nova escola, dotada da mais moderna tecnologia educacional disponível, com laboratórios de ciências, informática, arte, biblioteca com acervo atualizado, espaço para o grêmio estudantil, sala de música, auditório/teatro, rádio, para oferecer á comunidade, um novo padrão escolar, cumprindo assim seu compromisso com o resgate da qualidade dos serviços públicos.

Foto/Divulgação
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