A Petrobras anunciou nesta segunda-feira, 11, que elevará os preços do diesel em 1,8% e os da gasolina em 1,4% nas refinarias a partir desta terça-feira, 12. Essa é a sexta semana consecutiva que o preço da gasolina sobe, segundo a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP).
Atualmente, o preço médio do litro da gasolina no país é de R$ 4,052, de acordo com levantamento semanal feito pela ANP. O Acre permanece com o combustível mais caro, registrando uma média de R$ 4,82.
Em Rio Branco, o preço médio da gasolina é de R$ 4,77 enquanto no município de Cruzeiro do Sul a média é R$ 5,09, de acordo com o último levantamento feito pela Agência. Os valores podem variar de R$ 4,77 a R$ 4,88 e R$ 4,99 a R$ 5,20 respectivamente.
O reajuste faz parte da nova política de revisão de preços da estatal anunciada no final de junho. Agora, a área técnica de marketing e comercialização da Petrobras pode realizar ajustes de 7% para mais ou para menos sempre que necessário. Anteriormente o reajuste ocorria pelo menos uma vez por mês.
Um cálculo realizado pela Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás) mostra que desde que a estatal adotou sua nova política de preço, a gasolina registrou um aumento de 15,4% no preço médio no país. Os dados são referentes ao período entre a segunda semana de julho e novembro.
Já o preço médio do etanol permaneceu em 2,87 por litro na última semana. Até o momento o maior valor registrado no país foi em janeiro, de R$ 2,932. Assim como a gasolina, o Acre também tem o álcool mais caro do Brasil, com uma média de R$ 3,62, segundo dados da ANP.
Mais uma vez, em nota, o Sindicato dos Postos de Combustíveis do Acre (Sindepac) afirma ser contra a nova política de preços da Petrobras, acrescentando ser “preocupante” a atual situação.
A entidade destaca ainda que os tributos cobrados sobre os combustíveis (PIS/Confins/CIDE/ICMS) representam cerca de 50% do preço final repassado ao consumidor. A recomendação do Sindepac é pesquisar o preço em vários postos antes de abastecer.
“Cada revendedor tem liberdade de praticar o preço que é mais viável e atrativo aos seus clientes. Nesse momento, onde há redução do consumo, a concorrência aumenta”, diz a nota. Vale lembrar que os postos repassam ou não o aumento para os clientes à medida que os estoques de combustíveis são renovados.