Ícone do site Jornal A Gazeta do Acre

Produtos da ceia de Natal têm alta de 18%, aponta pesquisa da FGV

 

Este ano, os consumidores devem gastar mais e levar menos produtos para casa. Um levantamento do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/Ibre) mostra que os itens da ceia de Natal estão 18% mais caros em relação ao ano passado.

O estudo revela ainda que a inflação é três vezes maior do que a média acumulada pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC). Entre os itens típicos da ceia que mais tiveram aumento estão: bacalhau (5,96%), azeite (3,48%), lombo suíno (2,84%) e vinho (1,61%).

Por outro lado, o presidente da Associação Acreana de Supermercados (Asas), Adem Araújo, afirma que alguns produtos típicos do período natalino registraram redução no valor de mercado. O preço das aves, por exemplo, teve uma queda de 3% em relação a 2016.

Os empresários não estão animados com as vendas, conta Adem. “Segundo os fornecedores de produtos sazonais este ano houve uma redução nos pedidos. O varejo em geral está receoso e não investiu muito. A venda de alguns produtos vai ser bem limitada, não vão ter aquelas sobras que sempre temos. Nossa estimativa é que as vendas sejam mais ou menos como 2016”.

Apesar da pequena queda nos valores, não dá para fugir dos altos índices de imposto nesses produtos. De acordo com pesquisa feita pela empresa de consultoria e auditoria BDO, o porcentual de tributos que compõe a ceia de Natal pode ultrapassar 57%. Os alimentos da categoria de peru, chester e pernil tem posto de 25,41%. Já o preço do panetone é composto por 21,25% de tributos.

O Jornal A GAZETA fez uma pesquisa em alguns supermercados da Capital nos preços de um dos principais produtos da ceia. O quilo do peru, em um dos supermercados visitados, custa R$ 14,89, enquanto em outra loja, o mesmo produto chega a custar R$ 19,99.

Vendas de Natal

Ao contrário dos empresários do setor de supermercados, os comerciantes estão otimistas quanto às vendas de Natal em 2017, segundo pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado (Fecomércio/AC), por meio do Instituto Fecomércio de Pesquisas Empresariais do Acre (Ifepac).

A pesquisa aponta que a cada 10 empresários, 7 estão esperançosos com as comercializações neste período. Apenas 5% dos entrevistados se mostraram pessimistas quanto à movimentação de vendas. Outros 25% disseram não ter opinião quanto aos possíveis níveis de venda.

Para 55% do empresariado, a população tem se mostrado mais motivada para os gastos. A maioria dos comerciantes acredita na melhora das vendas após o pagamento do 13º salário.

Na avaliação geral, 41% dos empresários do comércio da capital acreana esperam que as vendas para o Natal deste ano sejam melhores que as do ano passado. Além disso, 51% dos entrevistados são unânimes em responder que as vendas para o período natalino devem permanecer nos níveis das comercializações realizadas no Natal passado, isto é, devem ser relativamente iguais. O estudo foi realizado junto a 255 empresas entre os dias 28 de novembro e 5 de dezembro

Sair da versão mobile