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Vereadores da situação e oposição trocam farpas devido aprovação de PL do Conselho Tarifário

A aprovação do projeto de lei que passa ao Conselho Municipal de Transportes Públicos a decisão acerca da tarifa dos ônibus em Rio Branco, sem a intervenção dos parlamentares, pautou o debate no parlamento municipal na sessão de ontem, 12.

Atualmente, para que haja reajuste na tarifa da passagem, os vereadores precisam fazer uma votação na Casa. Com a nova lei, esse reajuste ficaria a cargo apenas do conselho. A matéria foi aprovada na última quinta-feira, 7.

Os vereadores Emerson Jarude (Livres), Roberto Duarte (PMDB) e N. Lima (DEM), que se encontravam ausentes do Estado no dia da votação, usaram a tribuna da Casa para demonstrar a insatisfação.

Roberto Duarte, na oportunidade, afirmou que a base de apoio ao prefeito Marcus Alexandre (PT) não teria respeitado um acordo verbal de líderes. Segundo o parlamentar, havia a garantia de que nenhum projeto de cunho polêmico iria a plenário enquanto os vereadores estivessem em viagem.

“O golpe foi perfeito, porque ele aproveitou um dia em que a casa estava só com dois vereadores da oposição para colocar a matéria em pauta. Esse projeto enviado pelo Executivo tratora as prerrogativas do Legislativo Municipal. O que o prefeito fez foi colocar uma mordaça na boca dos vereadores”, disse Duarte.

O vereador Mamed Dankar (PT), em resposta ao pronunciamento do peemedebista, lembrou que a maioria dos parlamentares são da situação, portanto, a presença dos colegas não teria mudado o resultado. Ele frisou que a votação ocorreu de forma transparente e que não admitiria que seu voto fosse colocado sob suspeição.

“Não aceito de quem quer que seja, que o meu voto seja colocado em suspeição sob o argumento de que há interesses financeiros que o direcionam. Não sou venal e não sou mau caráter. Não usem suas réguas pessoais para medir as atitudes desse parlamentar”.

Por fim, o líder do PT na Casa, Rodrigo Forneck, destacou que a aprovação do conselho não tira nenhuma prerrogativa da Câmara de Rio Branco. “Nós apenas tiramos política de um conselho que deve ser estritamente técnico. Não houve golpe, ninguém agiu com má-fé ou coisa do tipo. Ao invés de acusarem a base e fazer todo esse teatro deveriam ser honestos com a população”.

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