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Estudantes conhecem trabalho em delegacia por meio de projeto da Polícia Civil

“Não há barreiras, não há missão que encontre em nossas fronteiras a fraqueza em nossa instituição”, diz o refrão do Hino da Polícia Civil, entoado na tarde desta quarta-feira, 13, por estudantes participantes do Projeto PC na Escola durante visita à Delegacia de Atendimento Especializado à Mulher (Deam), como parte das atividades do treinamento.

Além de cantoria, o encontro foi de diálogo com os adolescentes, sem muitos rodeios e direto ao ponto: a prevenção ao abuso sexual. Mesmo diante de um assunto sério, o papo foi descontraído e interativo, com apresentações lúdicas que prenderam a atenção dos pequenos em cada detalhe.

Gabriel Vale, ou o número 11 como é conhecido pela turma, é um dos participantes do projeto. Muito direto em suas palavras, ele afirma que quando foi convidado a participar, achou que iria aprender a fazer flexões, atividade física que os policiais realizam durante treinamento. Desde a primeira atividade, percebeu que o PC na Escola foi muito além do que imaginara. “Aqui a gente aprende a ser pessoas do bem, a não agir como covarde. Também está sendo bom aprender sobre o que é ser polícia e como eles ajudam as pessoas”, enfatiza o estudante.

Também aluna do 4° ano da Escola Frei André Maria Ficarelli, na Cidade do Povo, Isabele Santos expressou a alegria em ser uma das participantes: “Antes eu achava que a gente tinha que ter medo da polícia, hoje eu acho que a polícia só quer ajudar a gente e que a gente pode confiar”.

“ – Entendido? – Sim, Senhor!”

Desde o lançamento do PC na Escola, as ações realizadas com os estudantes vão desde o comportamento individual ao trato com o próximo. O cumprimento, a forma imediata de resposta, a postura e diversos outros aspectos são alguns dos ensinamentos repassados que podem fazer toda a diferença no dia a dia dos alunos quando chegarem à fase adulta.

De acordo com o coordenador do PC na Escola Marcos Pina, no momento há uma equipe de cerca de 25 profissionais envolvidos nesse trabalho realizado no contraturno escolar, que além de educativo é, sobretudo, de cunho preventivo.

“Nosso maior desafio é fazer com que esses adolescentes consigam identificar qualquer tipo de situação que os coloquem em perigo e é nesse sentido que abordamos diversos temas, como drogas, pedofilia, abuso, bulling e etc”, explica Pina.

Sobre o PC na Escola

O projeto piloto deu início ao cronograma de atividades na última segunda-feira, 11, e envolve nessa primeira etapa apenas estudantes de 8 a 12 anos da Escola Frei André Maria Ficarelli, localizada na Cidade do Povo. O objetivo é estender a iniciativa para as demais escolas estaduais e inseri-lo com periodicidade no calendário da instituição em 2018.

A atividade social tem como missão principal aproximar a polícia das escolas que atendem público com algum tipo de vulnerabilidade social. Além de conhecer como funciona o trabalho das polícias investigativa e científica, as crianças também participarão de atividades lúdicas e esportivas, além de palestras que buscam envolver os alunos em ações preventivas e despertar valores cívicos.

 

 

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