Os oito investigados pela morte do vigilante Wisney Rodrigues da Silva, de 29 anos, começaram a ser julgados pelo crime na manhã desta quinta-feira, 14, em Rio Branco. Silva foi morto com ao menos nove tiros, no dia 23 de fevereiro de 2016, dentro da casa dele, em Senador Guiomard, interior do Acre.
As investigações apontaram que Marta Souza de Oliveira planejou o crime por não aceitar que uma das filhas dela namorasse o vigia. Os demais investigados estariam ligados diretamente na execução da vítima.
Durante o julgamento, o delegado responsável pelo caso na época do crime, Ricardo Casas, lembrou que ouviu gravações dos celulares dos acusados planejando o crime. Ela afirmou que nos áudios, os suspeitos relatavam como seria o assassinato.
O advogado Júnior Feitosa, que defende Clécio de Souza do Nascimento, um dos acusados, disse que a defesa deve provar que o cliente não teve participação direta no crime. Ele afirmou ainda que o cliente só foi envolvido por ser amigo dos outros acusados.
“Na verdade, o que pesa são os áudios, mas a voz não é do Clécio, o celular dele era utilizado por outras pessoas e a defesa provará isso, até porque não foi feito o laudo que demonstrasse que a voz que estava em todas as ligações do celular era do Clécio. Mesmo o celular estando cadastrado no nome dele, a voz não é do Clécio, ele disse que o celular estava emprestado para outras pessoas”, afirmou Feitosa.
Uma das filhas de Marta, que pediu para não ter o nome divulgado, acompanha o julgamento da mãe e diz esperar que ela seja inocentada. “Não conversei com ela desde que foi presa. Não sabia desse relacionamento, fui criada pela minha avó”, falou.